Andorra pede colaboração ao Brasil para investigar o nefasto e enrolado Ricardo Teixeira

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Nesta terça-feira (23), o jornal “O Estado de S. Paulo” revelou que o governo de Andorra solicitou ao Brasil ajuda em sua investigação sobre o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Terra Teixeira, suspeito de lavagem de dinheiro e corrupção.

De acordo com a reportagem, o principado europeu enviará nos próximos dias seus pedidos à Procuradoria-Geral da República (PGR), que já mostrou disposição para colaborar.

A investigação conduzida pela Justiça dos Estados Unidos mostra que o brasileiro usou contas em Andorra para o pagamento da indenização pelo caso de corrupção da ISL, ex-empresa de marketing da FIFA.


João Havelange, ex-presidente da FIFA, e Teixeira foram condenados a pagar US$ 2,45 milhões de multa como forma de ressarcir os danos do esquema de corrupção dos anos 1990, no qual os cartolas brasileiros ganharam R$ 40 milhões entre 1992 e 2000.

“A empresa que fez a gestão para a devolução do dinheiro na forma de multas foi a Bon Us SL. A empresa depositou os US$ 2,5 milhões do acerto entre Teixeira, Havelange e a FIFA. O dinheiro foi para a conta de Peter Nobel, o advogado pessoal de Joseph Blatter, presidente da FIFA, quem repassou o dinheiro à instituição”, afirma o Estadão.

A reportagem também revela que a Bon Us SL é acionista da sociedade CO-INVEST SP. Z O.O., “registrada na Polônia e que tem como um de seus sócios Joan Besoli que, por sua vez, é sócio de um aliado de Teixeira, Sandro Rosell, na consultoria Comptages SL”.

Há alguns anos, Ricardo Teixeira tentou fixar residência em Andorra, mas para isso, precisava fazer um depósito de dinheiro no país. “A suspeita é de que o brasileiro optou por fazer a transferência ao banco Andbank, instituição que foi também controlada por um dos ex-diretores de Rosell no Barcelona, Ramon Cierco”.

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