Filho fora do casamento: José Eduardo Cardozo ameaçando FHC é o sujo falando do mal lavado

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Como sempre afirma o UCHO.INFO, todos os partidos são iguais, até porque não há como se fazer política no Brasil sem que a transgressão seja acionada. Populista barato e falso messiânico, Luiz Inácio da Silva complica-se cada vez mais com o avanço das investigações da Operação Lava-Jato, cuja força-tarefa quer explicações sobre a propriedade de dois imóveis registrados em nome de terceiros: um apartamento triplex no Guarujá e um sítio em Atibaia, com direito a antena de celular, mimo de uma das operadoras que atuam no País.

Como sempre acontece quando algum “companheiro” encontra-se encalacrado, os petistas saem a campo no embalo do jogo rasteiro. Para minimizar a exposição de Lula no noticiário nacional, até porque o ex-metalúrgico não tem o que explicar às autoridades, a solução encontrada foi nivelar todos por baixo, a começar pelos adversários. Tudo com o objetivo de mostrar à opinião pública que todos são iguais, criminosos e transgressores.

Não demorou muito e surgiu na imprensa – inicialmente no jornal “Folha de S. Paulo” – uma entrevista concedida pela jornalista Mirian Dutra, com quem Fernando Henrique Cardoso teve um relacionamento extraconjugal durante seis anos e um filho fora do casamento. Muito estranhamente, a entrevista concedida por Mirian Dutra surgiu do nada, décadas depois do fim do relacionamento com FHC e mais de dez anos após o tucano deixar o Palácio do Planalto.

O assunto é vencido e não deveria rechear as escaramuças da política nacional, mas os petistas só sabem jogar dessa forma: covarde e suja. Mirian Dutra afirmou que FHC lhe arrumou um contrato de trabalho fictício, que rendeu à jornalista, durante anos, US$ 3 mil mensais. Fora isso, Dutra, que recentemente deixou os quadros da TV Globo, disse que o tucano tem contas bancárias no exterior e que presenteou o filho com um apartamento de 200 mil euros em Barcelona.

Nada de anormal há na conduta de FHC em relação a contas bancárias, desde que essas tenham sido devidamente informadas ao Fisco verde-louro. E o ex-presidente garante que sim. Há um sem fim de brasileiros com contas bancárias no exterior, sem que a Receita Federal tenha conhecimento das mesmas. João Santana, o marqueteiro do PT, é um deles.

O mais interessante nesse imbróglio, supostamente ressuscitado às pressas para tentar salvar o lobista-palestrante Lula, é que o ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, disse em entrevista, concedida na última semana, que se FHC cometeu algum crime a Polícia Federal investigará o caso. “Tudo o que sai na imprensa nós automaticamente avaliamos se há indício ou não para abertura de inquérito”, disse Cardozo, como se o PT fosse o reduto da moralidade nacional. O ministro ressaltou que havendo indícios de crime, a PF adotará o procedimento padrão, que é investigar.

Em países sérios a conduta é essa: investigar quando há indícios de crime. Muito estranhamente, o mesmo José Eduardo Cardozo, em 2005, fechou os olhos e os ouvidos para a conta bancária offshore de Duda Mendonça, na qual o PT depositou parte dos honorários referentes à campanha de Lula de 2002. Mendonça cometeu um crime grave, mas Cardozo fingiu que não percebeu. E o assunto saiu aos bolhões nos veículos midiáticos. É fato que José Eduardo à época ainda não era ministro da Justiça, mas como deputado federal poderia ter solicitado à PF a abertura de inquérito para apurar um crime comprovado.

Mudando de assunto, mas retornando à ameaça feita a FHC, quando o assunto é filho fora do casamento, o ministro da Justiça sabe bastante acerca do assunto. Enquanto professor universitário, Cardozo engravidou uma de suas alunas e durante anos fingiu ignorância.


O tempo passou e nesse período a mãe do filho extraconjugal do ministro precisou lutar muito para fazer valer seus direitos. A vida de José Eduardo Cardozo só não foi pelos ares porque o editor do UCHO.INFO, mais uma vez, se pautou pela ética e pela responsabilidade e não abriu espaço para entrevistas bombásticas que certamente arruinariam sua carreira política.

Contudo, nos bastidores o editor auxiliou a jovem mãe a alcançar seus direitos e os do filho, que, é bom destacar, sofre de grave doença congênita, sem que Cardozo dê a devida importância para o fato. Até recentemente Cardozo agia assim. Quem ouve os depoimentos exaltados do filho do ministro não demora a perceber o pai que Cardozo é.

José Eduardo Cardozo, recentemente, tratou de inocentar Lula, alegando que o grão-petista vem sendo perseguido pelos adversários políticos, como se o lobista-palestrante não fosse o responsável primeiro pelo período mais corrupto da história brasileira.

A Brasif, empresa para quem Mirian Dutra prestou serviços como jornalista, negou a ilegalidade do contrato. FHC fez o mesmo e disse que as denúncias da ex-amante são “invenções”. Disse também o tucano que nada tem a “temer e esconder”, ao mesmo tempo em que reitera que a relação com Mirian “pertence ao âmbito pessoal”.

Em sua primeira declaração pública sobre o caso, depois da entrevista concedida pela jornalista, Fernando Henrique afirmou: “Não tem fato. O que foi que eu fiz de errado? Nada. Vocês estão insistindo em um tema que não existe. É invenção, não sei de quem. São coisas menores. Estou preocupado com o Brasil.”

Se FHC está preocupado apenas com o Brasil não se sabe, mas José Eduardo Cardozo está preocupado com Lula e o futuro do PT, partido que já foi comparado a uma organização criminosa (a comparação foi feita por Aécio Neves). Questões pessoais não interessam à política, mas é preciso ser isonômico quando um ministro de Estado toma as dores de alguém do naipe de Lula. A postura de Cardozo como titular da Justiça seria aceitável se o jogo rasteiro não tivesse sido acionado. Contudo, “o pau que bate em Chico, bate em Francisco”. E o roto não pode falar do rasgado. Pelo menos é isso que ressalta a sabedoria popular.

O PT sabe que FHC enviou dinheiro ao filho de forma legal, pois o partido sempre recorreu à quebra de sigilos fiscal e bancário para embalar suas campanhas. Nesse quesito é importante lembrar o caso do caseiro Francenildo Costa, o Nildo, e José Serra. O primeiro teve o sigilo bancário violado em clara tentativa de salvar Antonio Palocci, enquanto que Serra viu sua filha e genro terem o sigilo fiscal violado durante a campanha presidencial de 2010.

Ademais, para finalizar, Cardozo não exibe a mesma coragem dispensada ao caso envolvendo FHC para falar da “companheira” Erenice Guerra, uma das protegidas da presidente Dilma Rousseff. Coragem seletiva é sinal de covardia explícita. E Cardozo vez por outra se mostra covarde.

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