Prisão de Santana é o fato mais grave da Lava-Jato e comprova propina no caixa de campanha do PT

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Na segunda-feira (22), o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), afirmou que a decisão do juiz federal Sérgio Moro de determinar a prisão do marqueteiro petista João Santana, no vácuo da Operação Acarajé, 23ª etapa da Operação Lava-Jato, comprova que houve pagamento de propina com recursos desviados da Petrobras abastecendo a campanha do PT, em especial, a de reeleição da presidente Dilma Rousseff.

“Sem dúvida nenhuma, na nossa avaliação é o de mais grave que ocorreu na Operação Lava Jato até aqui”, destacou tucano. Aécio também ressaltou que o fato mudará a abordagem que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) terá em relação às ações movidas pelo PSDB para cassar o mandato de Dilma e do vice, o peemedebista Michel Temer.

O líder tucano analisou que, antes da decisão de Moro, já existia depoimentos e delações premiadas que indicavam o suposto financiamento irregular da campanha à reeleição de Dilma. E que agora não é mais o PSDB alegando crimes, mas sim um mandado judicial respaldando as suspeitas.


O senador também afirmou que nesta terça-feira (23) pedirá ao TSE a inclusão nas ações do PSDB dos documentos e da decisão que fundamentou o mandado de prisão de João Santana e da sua esposa e sócia, Mônica Regina Cunha Moura. O parlamentar mineiro afirmou que solicitará ao tribunal a tomada de depoimento de Zwi Skornicki, apontado pela Polícia Federal como o operador de propinas do esquema criminoso envolvendo o marqueteiro.

Ao ser indagado se a decisão de Moro fortalece a saída de Dilma via Tribunal Superior Eleitoral, situação que culminaria com a realização de nova eleição ainda em 2016, o presidente do PSDB afirmou que as denúncias restabelecem todas as possibilidades. Ou seja, a impugnação do mandato eletivo de Dilma pelo TSE ou o impeachment da petista com a assunção do vice Michel Temer. “Temos um governo que está nas cordas hoje e incapaz de reagir”, disse. “Qualquer saída é possível”, completou.

Nos bastidores, Aécio Neves tem se mostrado favorável à solução do TSE, na esteira da qual poderia concorrer, na condição de um dos favoritos, a uma nova eleição ainda este ano.

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