Ex-braço direito de Platini na UEFA, Gianni Infantino é eleito presidente da FIFA

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Gianni Infantino foi eleito nesta sexta-feira (26) presidente da FIFA, para ocupar o cargo deixado pelo encalacrado Joseph Sepp Blatter. O suíço-italiano de 45 anos, atual secretário-geral da UEFA, obteve 115 dos 207 votos no segundo turno do congresso extraordinário da entidade máxima do futebol, em Zurique.

O xeique barenita Salman bin Ebrahim al-Khalifa, presidente da Confederação Asiática de Futebol, ficou em segundo lugar, com 88 votos.

A eleição de Infantino pode ser o primeiro passo para que a FIFA limpe o lamaçal deixado pelo escândalo de corrupção que contou a participação de vários cartolas e alcançou o ápice com a queda de Blatter, suspenso de todas as atividades ligadas ao futebol por apenas seis anos.

Infantino disse que, apesar dos escândalos do último ano, o futebol merece ser “altamente respeitado”. O que mostra que o novo presidente da FIFA é tão parlapatão quanto seus antecessores. “Esta foi uma competição esportiva e um grande sinal da democracia da FIFA. Agradeço a todos. Quero trabalhar com todos vocês para estabelecer uma nova era na FIFA, com foco no futebol”, declarou Infantino após a eleição. “Vamos restaurar a imagem da FIFA e o respeito pela FIFA, e todos no mundo vão nos aplaudir”, completou o eleito.


A disputa, com cinco candidatos, havia se transformado em um duelo entre a Ásia e a Europa, mais precisamente entre o xeique Salman e Infantino. O príncipe da Jordânia, Ali bin al-Hussein, o diplomata francês Jérôme Champagne – ex-funcionário da FIFA – e o sul-africano Tokyo Sexwale correram por fora na disputa. Antes mesmo do primeiro turno da eleição desta sexta-feira, Sexwale anunciou a retirada da sua candidatura.

Para a escolha do novo presidente era necessária uma maioria de dois terços na primeira rodada de votação, que não foi atingida. Infantino obteve 88 votos; o xeique Salman, 85; e o príncipe Ali, 27. Na rodada seguinte, o critério passou a ser a maioria simples.

A FIFA é composta de 209 federações, e cada uma teve o direito a um voto. Duas federações – Kuwait e Indonésia – estão suspensas e não participaram do congresso. Para chegar aos dois terços eram necessários 138 votos, enquanto no caso de maioria simples, bastavam 104.

Antes da eleição do presidente, os delegados das federações nacionais de futebol presentes no congresso extraordinário da FIFA aprovaram por ampla maioria um pacote de reformas, com o objetivo de restabelecer a credibilidade da instituição.

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