Já instalado oficialmente na Advocacia-Geral da União, o petista José Eduardo Martins Cardozo, ex-ministro da Justiça, mostrou a que veio e cumpriu ordens da chefe e protegida, a presidente Dilma Rousseff. Ao falar, em entrevista, sobre a delação premiada de Delcídio Amaral, senador por Mato Grosso do Sul e suspenso do PT, Cardozo afirmou que trata-se de um “conjunto de mentiras”.
Aos integrantes da força-tarefa da Operação Lava-Jato, Delcídio não poupou a presidente da República e seu antecessor, o lobista fujão Lula. O senador relatou que sempre soube do Petrolão, esquema de corrupção que funcionou durante dez anos na Petrobras, assim como disse que Dilma tentou interferir na Lava-Jato por meio de nomeação de ministros de tribunais superiores, além de ter consentido com a compra da refinaria de Pasadena, no Texas.
“Se há uma suposta delação, nós temos um conjunto de mentiras […] Eu tenho reiteradamente dito que uma delação premiada pode dizer uma verdade, uma verdade seletivamente, ou pode ser só de mentiras. Uma delação pode ter vários componentes”, declarou José Eduardo.
Sob o manto do PT os brasileiros estão aprendendo muita coisa quando o assunto é distorcer a verdade, mas Cardozo filosofando sobre a mentira é um acinte, já que o verdadeiro dono do governo, Lula, é uma ode à mitomania. Sem contar as constantes escorregadas de Dilma na seara das inverdades.
O novo advogado-geral rebateu a afirmação de que o ministro Marcelo Navarro foi indicado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para favorecer investigados acusados na Lava-Jato.
“No período que estive no MJ, eu já tive 16 ministros nomeados para o STJ, sendo que 14 já foram empossados. Cinco nomeações entre os 11 do STF. Vocês podem procurar cada um desses ministros e indagar se em algum momento eu busquei, ou alguém buscou em nome do governo, algum tipo de negociação para casos concretos”, afirmou.
Cardozo disse que Delcídio o procurava “cotidianamente” no ministério para que intercedesse junto a outras autoridades. “Você tem que falar com Janot, com ministros, porque advogado disse isso, aquilo. Eu vi que ele não estava defendendo nada que não fosse sua própria sobrevivência. Isso infelizmente aconteceu”, declarou.
“O governo Dilma não interveio na Lava-Jato, não interveio na Polícia Federal. Se nós não interferimos na Polícia Federal, que está na nossa área, como nós teríamos feito intervenções em setores de outros poderes?”, questionou o petista.
“A presidente Dilma nunca se reuniu com o senador Delcídio para discutir indicações ao STJ. Todas as reuniões e contatos da Dilma pra tratar do Judiciário eu sempre estive presente. Quando ela vai se reunir com ministros do STF e do STJ ela me chama. Por que diabos ela chamaria um senador que não é da área jurídica para intermediar conversas com ministros de STF, STJ?”, indagou.
Se de fato Delcídio procurou Cardozo para interferir no andamento das investigações da Lava-Jato, o então ministro da Justiça, na condição de cidadão comum, deveria ter dado voz de prisão ao parlamentar, que naquele momento teria proposto o cometimento de um crime. Como deixou de fazê-lo, José Eduardo Cardozo tem tanta credibilidade quanto Delcídio para falar sobre o tema.
A grande questão nesse escândalo, que tem ingredientes de sobra para fermentar, é que Delcídio Amaral sabe muito mais do que os visigodos do PT gostariam. Ex-diretor da Petrobras e ex-líder do governo no Senado, Delcídio Amaral pode mandar a República pelos ares, desde que esteja disposto a revelar mais detalhes sobre o maior escândalo de corrupção da História.
Mentiras à parte, se for para escolher em qual mentiroso acreditar, o UCHO.INFO sugere que Delcídio seja o eleito, pois José Eduardo Cardozo não merece crédito. Se é que alguém merece nesse imbróglio sem fim e que causa inveja aos mais experientes profissionais do crime organizado.
Um ministro de Estado que é flagrado violando uma regra de trânsito e diz a um jornalista que solicitará à autoridade competente que aplique a devida multa, sem que isso aconteça, não tem moral para ser nem mesmo o porteiro da AGU. Enfim…
