Crise sem fim: analistas do mercado preveem inflação de 7,59% e recuo de 3,5% do PIB em 2016

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Mergulhada em uma crise política sem precedentes e com chance de piorar nos próximos meses, a presidente Dilma Rousseff continua de braços cruzados diante da contínua piora da economia nacional. Tal cenário mostra que não apenas a política econômica do desgoverno petista é um fragoroso desastre, mas que foi inócua a troca de Joaquim Levy por Nelson Barbosa no comando do Ministério da Fazenda. Afinal, Barbosa nada fez de diferente para tentar reverter o caos econômico, a não ser propor o aumento de impostos e a criação de novos penduricalhos tributários.

Divulgado nesta segunda-feira (7), como acontece semanalmente, o Boletim Focus, do Banco Central mais uma vez trouxe previsão de piora do cenário econômico nacional. De acordo com os analistas do mercado financeiro, consultados pelo BC, a retração do Produto Interno Bruto (PIB) deve ser de 3,5% em 2016, contra 3,45% da previsão anterior. Para 2017, os especialistas apostam em crescimento de 0,50% do PIB. Um mês atrás essa projeção dera de crescimento de 0,60%.

Em relação ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), os economistas preveem, para 2016, que a inflação oficial será de 7,59%, contra 7,57% da aposta anterior. Isso deixa claro que o governo continua perdendo a batalha para levar a inflação ao centro da meta, que é de 4,5% ao ano, com direito a oscilação positiva ou negativa de dois pontos percentuais. Para 2017, a previsão de inflação permaneceu em 6%, pela quarta vez consecutiva.

O calcanhar de Aquiles da economia brasileira está na convivência espúria entre o PIB e a taxa básica de juro. Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) prevaleceu a decisão de manter a taxa em 14,25%, o que mostra que os conselheiros continuam temerosos em relação à resistência da inflação, mesmo com o recuo projetado de alguns dos chamados preços administrados. Nessa toada, os economistas consultados pelo BC mantiveram a Selic de 2016 no mesmo patamar fixado pelo Copom, ao mesmo tempo em que projetaram a taxa básica de juro do próximo ano na casa de 12,50%.


No âmbito dos preços administrados, as projeções do mercado financeiro recuaram. Após alta de 18,07% em 2015, neste ano os preços administrados deve registrar avanço de 7,40%. O que deveria ser um ingrediente para frear a escalada da inflação oficial parece que não surtirá o efeito esperado.

No momento em que a inflação avança, o desempenho da economia despenca por anos seguidos, a taxa básica de juro permanece nas alturas, o desemprego cresce de forma assustadora e o consumo cai de maneira preocupante, Dilma Rousseff está preocupada apenas em salvar a própria pele, não sem antes adular o lobista-palestrante Lula, mais novo alvo da Operação Lava-Jato, para não perder de vez o apoio do Partido dos Trabalhadores.

O começo da solução da grave crise que assola o Brasil passa obrigatoriamente pela saída de Dilma Rousseff do poder, algo que a petista ainda não considera, pois sua vaidade e seu jeito estúpido de ser descartam tal hipótese.

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