Cresce a pressão para que Dilma faça de Lula ministro de Estado e atropele a lei e a democracia

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Após Lula ser denunciado à Justiça pelo Ministério Público de São Paulo por lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, crimes supostamente cometidos no caso do apartamento triplex em Guarujá, aumentou a pressão para que a presidente Dilma Rousseff nomeie o antecessor para um ministério, possivelmente a Secretaria de Governo (tem status ministerial).

A preocupação no Palácio do Planalto e na cúpula do PT diante da possibilidade de Lula ser preso a qualquer momento, em especial na Operação Lava-Jato, fez a ideia absurda prosperar. De início, ainda quando o assunto estava sendo cultivado entre muros, a ideia era instalar o ex-metalúrgico no Ministério das Relações Exteriores, mas Lula é desprovido de condições mínimas para representar o Brasil mundo afora. Afinal, sua reputação despencou no exterior com o avanço das investigações da Lava-Jato, com direito a reportagens com acusações graves e imagens em que aparece vestido de presidiário.

A segunda hipótese acalentada pelos palacianos era entregar a pasta de Comunicações ao petista, que de tanta covardia pode ser chamado de “jararaca de pelúcia”. Independentemente do ministério que Lula venha a assumir, o plano é mais audacioso do que parece. É fato que o objetivo primeiro é blindar o lobista-palestrante, mas o eventual futuro ministro poderia promover uma mudança na equipe da antecessora.

Há quem garanta que com a chegada de Lula à Esplanada dos Ministérios, a pasta da Justiça e da Fazenda poderiam ser ocupadas por Nelson Jobim e Henrique Meirelles, respectivamente, com quem o petista mantém bom relacionamento.


A economia brasileira enfrenta grave crise, que piora com o avanço do tempo, mas o governo conspira para que a situação rume na direção do caos. O mercado financeiro busca um indicativo de que o cenário pode em algum momento melhorar, mas os palacianos alimentam a possibilidade de ocorrer mudanças na equipe econômica. Se não for falta de sensibilidade dos integrantes do governo,por certo é burrice em último grau.

Henrique Meirelles foi o mais longevo presidente do Banco Central, lá permaneceu nos dois mandatos de Lula, mas é adepto de uma política econômica que levou o Brasil ao desastre. Há quem diga que a desastrada política econômica seguiu orientações do populista Lula, mas, se isso de fato ocorreu, Meirelles deveria ter renunciado ao cargo. O PT, não é de hoje, vem brigando por uma flexibilização do pacote de ajuste fiscal e, ato contínuo, o aumento do crédito e do consumo. Essa equação suicida já é velha conhecida do brasileiro e provocou o desastre que aí está.

No caso de Nelson Jobim assumir o Ministério da Justiça – o atual, Wellington César Lima e Silva, está com um pé fora da pasta – a Polícia Federal jamais seria tutelada para defender os interesses criminosos de Lula e seu bando. Jobim já foi ministro do Supremo Tribunal Federal e não rasgará sua nada empolgante trajetória jurídica para agradar um partido que age na seara do banditismo político. Fora isso,a PF é uma polícia judiciária, além de ser de Estado, por isso tem a obrigação de cumprir as determinações da Justiça.

É verdade que a Operação Lava-Jato avançou de forma impressionante sobre Lula – o UCHO.INFO antecipou o fato em 29 de agosto de 2014 – mas não se pode aceitar um plano ilegal que transformará o País em paraíso da impunidade, não sem antes abrindo caminho para que os marginais em questão se apoderem definitivamente do Estado, como acontece na vizinha e combalida Venezuela.

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