Depois de achincalhar o Judiciário, Lula divulga carta aberta no estilo “lobo em pele de cordeiro”

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Enquanto Dilma Rousseff e seus comandados despejam sobre os incautos brasileiros discursos mentirosos para tentar minimizar o caos político e salvar a pele de Lula – o lobista-palestrante que virou ministro para não ser preso –, nos bastidores a situação é diferente. Pessoas próximas a Lula e as que integram o chamado núcleo duro do governo sabem que o jogo já pode ser considerado perdido. Isso porque é cada vez mais complexa a crise política que derrete o País e devora Dilma e Lula.

Com o escândalo que eclodiu a partir da conversa nada republicana entre criatura e criador, a qual deixa claro que uma ação criminosa foi gestada nas coxias palacianas para blindar o ex-presidente, além das críticas covardes e descabidas feitas por Lula a várias instituições, inclusive ao Judiciário, a solução encontrada, eivada de desespero, foi a divulgação de uma carta aberta em que o ex-metalúrgico afirma respeitar o Supremo Tribunal Federal e que espera justiça.

Coincidentemente, os brasileiros de bem e Lula têm a mesma expectativa: que a justiça seja feita. Como os assessores do ministro suspenso da Casa Civil já perceberam que reverter o cenário atual é muito difícil, Lula adotou um tom na tal carta aberta que já levou algumas pessoas que gravitam no universo do Judiciário a compará-la com o dito popular “pior a emenda do que o soneto”. Afinal, o petista tentou limpar uma lambança que jamais poderá ser limpa.

Em conversas telefônicas monitoradas pela Polícia Federal com autorização da Justiça, Lula afirmou que o STF e o STJ estão “extremamente acovardados”, que o procurador-geral da República não está lhe dando a devida contrapartida por ter chegado ao cargo, que Dilma deveria pressionar a ministra Rosa Weber em busca de solução para o seu caso, entre tantos outros absurdos que não têm explicação.

Depois de todo estrago que patrocinou nas últimas semanas, na tentativa desesperada de escapar das garras de Justiça, inclusive sugerindo que é um ser acima da lei e de todos, Lula ousa surgir em uma carta aberta, certamente escrita por alguém letrado, para afirmar que respeita as instituições, em especial o STF.

O ex-presidente recorre à dramatização mentirosa e afirma que “sob o manto de processos conhecidos primeiro pela imprensa e só depois pelos diretamente e legalmente interessados, foram praticado atos injustificáveis de violência contra minha pessoa e de minha família”. Ou seja, Lula e seus apêndices familiares se envolvem em desmandos dos mais distintos naipes, apostam na impunidade, são flagrados pela lei e tentam vender à opinião pública a falsa ideia de que são vítimas de perseguição. Por isso a escumalha petista não cansa de entoar o mantra “não vai ter golpe”, como se cumprir o que determina a lei fosse um ato de arbitrariedade e totalitarismo.

No documento, distribuído pelo Instituto Lula, o cadafalso das irregularidades cometidas por Lula e seus quejandos, o petista lamenta “os tristes e vergonhosos episódios das últimas semanas”, mas reforça que tais atos “não me farão descrer da instituição do Poder Judiciário”. “Nem me farão perder a esperança no discernimento, no equilíbrio e no senso de proporção de ministros e ministras da Suprema Corte”, destaca a carta. “Justiça, simplesmente justiça, é o que espero, para mim e para todos, na vigência plena do estado de direito democrático”, enfatiza o documento de encomenda.


A grande questão é que Lula almeja – sob o viés do mal, da transgressão, da impunidade – o mesmo que recheia a expectativa da extensa maioria de uma nação cansada da desfaçatez, do populismo barato e da corrupção sistêmica. Se de fato Lula acredita na Justiça, o melhor que poderia fazer a essa altura dos acontecimentos é reconhecer que errou gravemente e preparar-se para cumprir o que a Justiça decidir. O mais leigo operador do Direito, desprovido da insana e cega idolatria pelo chefe da quadrilha, sabe que Lula dificilmente escapará de uma condenação. A não ser que o Brasil já vive momentos de Venezuela e ninguém avisou.

Imaginar que Lula seria capaz de fazer um mea culpa, como sugerido no parágrafo anterior, é algo que torna-se impossível diante do trecho da carta aberta em que o petista reforça sua essência doentia que o faz acreditar que está certo.

“Não me conformo que se palavras ditas em particular sejam tratadas como ofensa pública, antes de se proceder a um exame imparcial, isento e corajoso do levantamento ilegal do sigilo das informações”, afirma o ex-presidente no documento que sequer serve de base para enredo de dramalhão mexicano de quinta.

Lula tenta confundir os desavisados com a tese de que, antes de suas declarações configurarem um atentado contra a democracia, as escutas telefônicas, realizadas com autorização judicial, são ilegais. Isso mostra que o petista em nenhum trecho da carta deixou de ser o conhecido lobo em pele de cordeiro.

A petulância do quase ministro da Casa Civil é tamanha, que ele ousou assinar – se é que de fato fez isso – um documento que ressalta a esperança no Judiciário, tão achincalhado pelo próprio Lula. “Dos membros do Poder Judiciário espero, como todos os brasileiros, isenção e firmeza para distribuir a Justiça e garantir o cumprimento da lei e o respeito inarredável ao estado de direito”.

Para finalizar, Lula ressuscita a cantilena de que é de origem pobre e não teve acesso aos estudos, como se isso justificasse os crimes que comete. “Não tive acesso a grandes estudos formais, como sabem os brasileiros. Não sou doutor, letrado, jurisconsulto. Mas sei, como todo ser humano, distinguir o certo do errado; o justo do injusto”, enfatiza a carta no seu quase epílogo. Para o alarife que um dia decidiu os destinos do País, o certo é quando ele pode fazer o errado à vontade e não ser punido.

A vez de Lula chegou, mesmo que para tanto fossem necessários anos de espera, paciência e estratégia para alcançar o responsável pelo período mais corrupto da história brasileira. Aproveitando que na família dos impunes de São Bernardo do Campo tem quem ficou milionário com jogos eletrônicos, só resta ao UCHO.INFO um só suspiro: “Game Over”!

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