Economia acompanha as oscilações da grave crise política e piora com o passar do tempo

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Com a indefinição da crise múltipla (econômica, política, ética e institucional) que colocou o País de cabeça para baixo, a economia nacional continua balançando à beira do despenhadeiro, enquanto Dilma Rousseff insiste em brincar de governar. Sem cacife político e competência para estar no comando de uma economia que um dia já foi uma das festejadas do planeta por conta da possibilidade de crescimento, Dilma luta para permanecer no cargo, ao mesmo tempo em que crescem as notícias sobre eventual renúncia e avança o processo do impeachment.

Longe de ser aquele “País de Alice” vendido por Dilma aos incautos durante a corrida presidencial de 2014, o Brasil derrete à sombra de uma crise econômica que cresce e registra alternância de seus ingredientes.

Nesta segunda-feira (21), como faz semanalmente, o Banco Central divulgou uma nova edição do Boletim Focus, a qual traz perspectivas nada animadoras acerca da economia verde-loura. De acordo com os economistas consultados pelo BC, a retratação da atividade econômica de 2016 saltou de 3,54% para 3,60%. Há um mês, a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) era de 3,40%.

Em relação ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, os especialistas apostam em redução do indicador, mas sem qualquer sinal de impacto positivo na economia. Os analistas preveem que a inflação deve encerrar o ano em 7,43%, contra 7,46% da previsão anterior. Isso mostra que a crise econômica vem comprometendo o consumo, o que faz com que a demanda caia, impulsionando para baixo a inflação. No mesmo movimento de queda aparece a arrecadação tributária, que compromete de forma contínua a capacidade de investimento do governo.

Para a taxa básica de juro, a projeção do mercado mostra que a Selic deve chegar ao final deste ano nos atuais 14,25%, já que o Banco Central não dá sinais de redução. Isso compromete no primeiro momento a produção nacional, que está em processo de encolhimento, mas também o consumo, que há muito transformou-se em preocupação para os comerciantes.


Esse cenário caótico em que se encontra a economia brasileira é fruto do populismo barato dos governos petistas de Lula e Dilma Rousseff, que se agarraram ao consumismo desenfreado como estímulo econômico. Ao contrário do que pensam esses dois gênios (sic) da política verde-loura, não se estimula a economia a partir do consumo e do crédito fácil, como aconteceu no Brasil de dezembro de 2008 a dezembro de 2014.

Tão logo foi desmontada a farsa que emoldurou a campanha de Dilma à reeleição, os brasileiros foram obrigados a se deparar com dura realidade da economia, que da noite para o dia iniciou um movimento de queda livre, o qual ainda está em curso.

A situação econômica do País só não é pior, porque as importações têm caído mensalmente, permitindo o superávit da balança comercial. Por outro lado, as exportações continuam cambaleantes, pois a cotação da moeda norte-americana oscila de acordo com a crise política, o que leva incerteza ao setor. Nesta segunda-feira, o dólar reverteu a curva de queda e registrou alta de 0,80%, fechando os negócios a R$ 3,61, depois de o Banco Central intervir no mercado de câmbio por meio de leilão de swaps reversos, o que equivale à compra futura da moeda norte-americana.

A intervenção do BC no mercado cambial foi uma forma de evitar a queda do dólar, o que comprometeria ainda mais a inflação oficial, que está muito acima do teto (6,5%) da meta fixada pelo governo.

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