Senadora defende Dilma e critica Temer, mas ignora que 12 bananas valem 1% do salário mínimo

fatima_bezerra_1001

Chega a ser deprimente o conjunto de discursos petistas em defesa de Dilma Rousseff e que classificam o pedido de impeachment como “golpe”. Na esteira da degradação moral do mais corrupto governo da história brasileira, petistas estão atropelando o bom senso e assassinando a realidade nacional para condenar o que está previsto na Constituição Federal. Tudo em nome de um projeto criminoso de poder, que se esconde na vala do populismo barato, e da sobrevivência de um partido que desmorona com o passar dos dias.

Na tarde desta quarta-feira (30), a senadora Fátima Bezerra (PT-RN) ocupou a tribuna do Senado para, repetindo a cantilena oficial, rotular como “golpe” a possível chegada do vice Michel Temer ao mais importante gabinete do Palácio do Planalto.

É fato que não se pode exigir coerência no universo político, mas de igual modo é inaceitável que um parlamentar valha-se da cegueira de ocasião para não enxergar a realidade, duríssima, é importante destacar.

Criticando incisiva e duramente o processo de impeachment e o plano de Temer para eventual governança, a senadora Fátima Bezerra apelou ao sensacionalismo esquerdista e a firmou que “muitas das pessoas que gritavam nas ruas a favor do impeachment estão dando conta do que significa, na verdade, apear do poder uma mulher legitimamente eleita, para entregar o poder nas mãos de alguém que não foi eleito Presidente da República”.

Considerando que o Brasil ainda é, pelo menos na teoria, uma democracia, que como tal contempla o direito à livre manifestação do pensamento, Fátima Bezerra pode vociferar qualquer coisa, mas ultrapassa as fronteiras do devaneio a afirmação de que defensores do impeachment começam a perceber o erro que é “apear do poder uma mulher legitimamente eleita”. O que os brasileiros de bem mais querem é ver o fim de um governo corrupto, incompetente, perdulário e paralisado. Se a realidade das ruas não convence a senadora potiguar, o melhor remédio é o divã do psicanalista mais próximo.

Não contente com seu palavrório bolivariano, a senadora Fátima Bezerra foi além e disse ser o programa “Ponte para o Futuro”, apresentado por Temer, um atalho para “perdas trabalhistas e sociais, que nos jogaram num estado de completo descompromisso do Governo com suas populações mais vulneráveis.”


O povo jaz à sombra da escalada da inflação e da perda do poder de compra do salário, mas Fátima Bezerra quer que a população creia em suas palavras, como se proféticas fossem. A parlamentar petista não se deu por satisfeita e afirmou que Michel temer defende a tese do “Estado reduzido, enfraquecido, que não teria capacidade de dar continuidade às importantes transformações sociais de redução da desigualdade e inclusão de milhões de pessoas na sociedade de consumo.”

Se Fátima Bezerra não conhece a carestia do cotidiano, ainda é tempo de se inteirar acerca do que acontece na vida de todos os brasileiros. Para derrubar o discurso lúbrico da senadora basta ir a qualquer feira livre e constatar os preços dos alimentos, em alta apesar da queda no consumo.

Na última semana, a reportagem do UCHO.INFO foi a campo para pesquisar os preços em uma feira livre da capital paulista e levou um susto. Um maço de brócolis era vendido a R$ 12, enquanto uma dúzia de banana não saía por menos de R$ 8. Para os mais frugais a receita é mudar o hábito alimentar, pois um mamão custa R$ 7, ao passo que um abacaxi vale R$ 8.

Mesmo com os incontestáveis crimes de responsabilidade cometidos pela presidente da República e que embasam o pedido de impeachment, Dilma já deveria ter sido ejetada do cargo por ter perdido a confiança da população.

Não é novidade o fato de políticos usarem a aritmética de conveniência, mas pesquisas de opinião mostram que mais de dois terços (69%) da população brasileira desaprovam o governo bandoleiro da “companheira” Dilma Vana Rousseff. As pesquisas também apontam que 82% dos brasileiros desaprovam a maneira de Dilma governar.

Como acima mencionado, a livre manifestação do pensamento é um direito constitucional, mas é desesperador imaginar que um senador da República custa ao contribuinte, em termos oficiais, a bagatela de R$ 150 mil mensais. Se ao menos esses ditos representantes do povo se limitassem à verdade e à coerência, o Brasil estaria enfrentando uma crise menos drástica. Enfim, Fátima Bezerra cumpriu com louvor as ordens que recebeu do Palácio do Planalto e da cúpula do seu partido.