Impeachment: Dilma Rousseff e núcleo duro do governo já admitem placar desfavorável em votação

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A estratégia adotada pelo Palácio do Planalto para barrar o impeachment no plenário da Câmara dos Deputados deu errado, segundo informações palacianas obtidas na manhã deste histórico domingo, 17 de abril, as quais confirmam notícia antecipada pelo UCHO.INFO.

O desespero palaciano ganhou viés confirmatório ainda no sábado (16), quando o chefe de gabinete da Presidência, Jaques Wagner (PT), em fala que rasgou a lógica e atropelou a democracia, afirmou que importantes são as abstenções e as ausências. Ou seja, o governo petista de Dilma Vana Rousseff passou a considerar o imponderável como tábua de salvação. Isso mostra a verdadeira face de um governo corrupto, imoral, perdulário e incompetente.

Faltando poucas horas para a importante e decisiva votação, assessores presidenciais foram informados de uma mudança no cenário que parecia favorável, mas sequer chegava, em termos de número de votos, ao mínimo necessário para proporcionar alívio a Dilma. Deputados que inicialmente anunciaram voto a favor do governo, acabaram cedendo à pressão de diversas frentes, em especial de empresários, que alegaram que a economia nacional não mais suporta a crescente crise decorrente das trapalhadas de Dilma.

Na manhã deste domingo, Lula, que nos últimas atuou como rufião político do governo, foi flagrado com um semblante que traduzia o desânimo que tomou conta do núcleo duro do governo, que foi dormir na madrugada com uma quase certeza de vitória na Câmara. Com o raiar do dia, a contabilidade governista estava bem abaixo dos 166 votos, movimento de baixa que anulou as negociações dos últimos três dias (quinta a sábado).


Pela manhã, logo após pedalar nas cercanias do Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, Dilma recebeu alguns parlamentares e ministros, mas todos saíram sem falar com os jornalistas. Esse beija-mão de última hora reforça a tentativa desesperada de reverter o fim de um governo pífio e que sequer cumpriu minimamente as promessas feitas ao longo da campanha de 2014.

Apesar do quadro desfavorável, a ordem entre os governistas é manter o discurso da vitória e levar aos pronunciamentos assuntos desconexos, como, por exemplo, o fim das investigações da Operação Lava-Jato, como fez o deputado federal Afonso Florence (BA), líder do PT na Câmara.

Até a publicação desta matéria (15h20), a tendência é pela aprovação do pedido de impeachment de Dilma Rousseff, mas é preciso cautela até o instante final da votação, pois a política é imprevisível. Disse certa feita o ex-governador de Minas Gerais, José de Magalhães Pinto: “Política é como nuvem. Você olha e ela esta de um jeito. Olha de novo e ela já mudou”.

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