Gleisi disse que Dilma deveria criticar o Brasil na ONU, mas após discurso destacou “elegância” da presidente

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Pífia como política e sem ter mostrado a que veio, em especial aos três milhões de eleitores que lhe conferiram um mandato de senadora da República, a petista Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR) pode ser facilmente chamada de pessoa sem opinião própria.

Na quinta-feira (21), dia em que a presidente da República viajou rumo a Nova York, a senadora petista disse que Dilma deveria, sim, usar a tribuna da Organização das Nações Unidas (ONU) para criticar duramente o Brasil por causa do processo de impeachment que agora tramita no Senado Federal. Gleisi afirmou que a presidente afirmaria na ONU que o processo de impeachment não base constitucional e que o Supremo Tribunal Federal não o referendou.

Entre a realidade dos fatos e o que diz Gleisi Hoffmann há uma enorme distância, mas a petista pode dizer o que quiser, pois o Brasil ainda é uma democracia e assim continuará sendo com o fim do governo mais corrupto e inepto da história nacional.

A senadora do Paraná abusa de tal forma do ridículo, que cometeu o disparate de afirmar que a base do processo de impeachment é um crime forjado. Ou seja, a presidente da República adota as “pedaladas fiscais”, que somente em 2015 ultrapassaram a marca de R$ 60 bilhões. Mesmo assim, na opinião da senadora Gleisi isso não passa de criminalização da contabilidade pública, ou seja, invenção dos adversários e da imprensa golpista.

Alegando que veículos da imprensa internacional estão dando espaço para o caso do impeachment, Dilma deveria falar sobre o tema em seu discurso na ONU, pois, segundo a parlamentar, a pessoas estão vendo a realidade do País.


Gleisi, sabem os leitores, é um dos bonecos de ventríloquo fincados pelo Palácio do Planalto no Congresso Nacional, onde esses submissos cumprem ordens do governo e repetem mantras absurdos e utópicos. A senadora insiste na farsa de que não houve crime de responsabilidade por parte de Dilma Rousseff, ao mesmo tempo em que afirma que de nada adianta os economistas dizerem que ninguém investirá no Brasil enquanto não chegar ao fim o governo petista.

E a senadora vai além ao garantir que “quem tiver apoiando esse processo contra a democracia terá de fazê-lo à luz do dia, à luz do sol, e colocar a sua cara”, como se nada representasse o fato de dois terços da população brasileira exigirem o fim imediato do desgoverno de Dilma Vana Rousseff. Se para os petistas, como Gleisi, a vontade popular é golpe, que assim seja.

Para finalizar, a senadora do Paraná por certo tem dificuldades para fazer contas. Disse em vídeo postado na internet que no Senado o governo resistirá até o fim e discutirá o conteúdo “exaustivamente”. E finaliza pedindo a Dilma para, no plenário da ONU, mostrar que “o Brasil sabe defender sua democracia”. Se o planeta acompanhou as recentes manifestações contra o governo, que tomaram as ruas de dezenas de cidades brasileiras, milhões de pessoas, das mais distintas nacionalidades, já perceberam que os brasileiros, diante da cobrança que fazem pelo fim do governo de Dilma Rousseff, estão a defender a democracia.

A grande questão no comportamento dual de Gleisi Hoffmann é que, após o discurso de Dilma, a senadora disse que a presidente foi elegante. A petista paranaense precisa decidir o que quer, pois dizer uma coisa e mudar de ideia no dia seguinte mais parece deputado traidor que era favorável ao impeachment e acabou mudando de lado. Enfim…

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