No embalo da herança maldita de Dilma, prévia do PIB mostra retração de 1,44% no 1º trimestre

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Se alguém tinha dúvida sobre o estrago produzido por Dilma Rousseff na economia nacional, que vive uma grave recessão, essa não mais existe. Ao adotar uma política econômica que viabilizou a fanfarrice esquerdista, a presidente afastada empurrou o Brasil no despenhadeiro do caos. Nas semanas que antecederam a sua saída do Palácio do Planalto, a petista falou repetidas vezes em retomada do crescimento, mas esse palavrório não passou de mais uma enxurrada de mentiras oficiais.

O rombo nas contas públicas é tamanho – gira em torno de R$ 300 bilhões – que retomar um status anterior de equilíbrio fiscal exigirá muito esforço do novo governo e principalmente dos cidadãos. Fora isso, a inflação está em dois dígitos, a atividade econômica experimenta uma queda livre, o desemprego cresce – ao final de maio o País terá perto de 12 milhões de desempregados –, o poder de compra dos salários despenca diariamente e a arrecadação tributária está em processo de encolhimento. Para piorar essa explosiva receita, a máquina pública está inchada e com uma folha de pagamento que cresce à medida que piora a qualidade dos serviços disponibilizados aos cidadãos.

O cenário de caos é tão sério, que o ministro da Fazenda e homem forte do novo governo, Henrique Meirelles, só anunciará as primeiras medidas econômicas na próxima segunda-feira (16), depois de conhecer o verdadeiro tamanho do rombo deixado por Dilma e seus quejandos. É fato que o governo de Michel Temer tem pouco tempo para acertar e nenhuma chance para errar, mas a prudência é o melhor remédio no momento.


Conhecido como a “prévia do PIB”, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) registrou baixa de 1,44% no acumulado do primeiro trimestre, na comparação com o resultado do período anterior. Na comparação de janeiro a março com igual período de 2015, o resultado do IBC-Br foi de queda de 6,27%. Já no acumulado de doze meses até março, pelo dado sem ajuste, a queda é de 5,26%.

A continuar nesse ritmo, o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano certamente registrará resultado pior do que a retração de 3,86% apontada pela mais recente edição (9 de maio) do Boletim Focus, que semanalmente consulta os analistas do mercado financeiro.

Não se pode negar que o afastamento de Dilma Rousseff se deu no vácuo dos crimes de responsabilidade e das chamadas “pedaladas fiscais”, mas fica claro que isso só ocorreu porque a presidente afastada cometeu erros imperdoáveis na condução da economia. Sem ter como explicar à população os números econômicos cada vez piores e assustadores, Dilma se valeu de um artifício matreiro que no mercado é conhecido como “contabilidade criativa”, algo que na linguagem informal é “tapar o sol com a peneira”.

Contudo, o enigma que surge no horizonte do caos é que o sol cresceu além do esperado e a peneira tornou-se pequena e ineficaz. A conta dessa brincadeira cada brasileiro conhecerá o seu tamanho dentro de alguns meses. Afinal, Michel Temer não é a reedição do papa Francisco, assim como Henrique Meirelles não opera milagres. E salve-se quem puder!

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