Itamaraty livra-se do bolivarianismo e com José Serra pode retomar a diplomacia de resultados

(Pedro Ladeira - Folhapress)
(Pedro Ladeira – Folhapress)

Depois de treze anos de uma política externa míope e baseada na ideologia bandoleira do bolivarianismo, o Brasil começa a respirar novos ares nas relações internacionais. Livre da imposição autoritária do governo do PT de estreitar relações com países alinhados ideologicamente, o Itamaraty atuará longe de qualquer interesse partidário. Foi isso que o tucano José Serra prometeu ao tomar posse como ministro de Relações Exteriores.

Desde a estreia do governo do presidente interino Michel Temer, que aguarda decisão do Senado para ser efetivado no cargo, o ministro José Serra deu ao Itamaraty as diretrizes das respostas da diplomacia brasileira às criticas de governantes estrangeiros ao impeachment de Dilma Vana Rousseff.

Figuras canhestras da esquerda latino-americana, como Evo Morales, Nicolás Maduro e Rafael Correa e outros bolivarianos, disseram não reconhecer o governo de Michel Temer, o que em nada muda a trajetória do Brasil como nação, que precisa fazer política externa com responsabilidade para, mais adiante, tirar o País do atoleiro econômico.

“Vamos recuperar a capacidade de ação do Itamaraty. Nossa diplomacia terá que gradualmente se atualizar e se modernizar”, disse Serra na cerimônia de posse. “A diplomacia do século 21 não pode repousar sua ação na exuberância da retórica. Deve fazer a um só tempo o discurso político e o resultado concreto”, completou o novo ministro.


Serra foi aplaudido pelo funcionários do ministério, que ao longo da última década assistiram a débâcle da diplomacia brasileira, que, além de seguir as orientações do ministro da pasta, era refém das bizarrices do assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais, o comunista Marco Aurélio Garcia, que desde a chegada do PT ao governo central atuou como chanceler genérico.

Quem conhece Marco Aurélio Garcia sabe que a diplomacia brasileira não poderia ter tomado outro rumo, que não o da ideologia burra da esquerda, que se esmera em socializar a miséria e a fingir que ditaduras sanguinárias são democracias modernas.

Por sorte esse tempo de debilidade diplomática chegou ao fim, mas é preciso destacar que o Itamaraty acumulou, ao longo dos últimos anos, um passivo da ordem de R$ 800 milhões. José Serra já solicitou aos ministros da área econômica liberação de recursos para quitar as dívidas da pasta no Brasil e ao redor do planeta.

Para se ter ideia do caos financeiro patrocinado pelos petistas, o Itamaraty enfrentou situações constrangedoras como corte de energia e de telefone em algumas embaixadas, assim como ações de despejo por falta de pagamento de aluguel de imóveis em alguns países. Fora isso, servidores do Itamaraty que atuam no exterior ficaram sem receber alguns benefícios, como, por exemplo, auxílio moradia.