Temer afirma que déficit na Cultura é de R$ 230 milhões; diplomata Marcelo Calero assume ministério

marcelo_calero_1001

Na terça-feira (24), o presidente em exercício Michel Temer afirmou que fatos equivocados em um dado momento (sobre a primeira decisão de extinguir o Ministério da Cultura) podem gerar fatos positivos em outras ocasiões e exemplificou a “posse individualizada” e “especial” do ministro da Cultura, Marcelo Calero.

De acordo com o peemedebista, os demais ministros tomaram posse de maneira informal e, por isso, a posse de Calero estava sendo registrada de forma individualizada e especial. “Ao dar posse a Calero estou homenageando a cultura nacional”, disse.

O diplomata e ex-secretário de Cultura do Rio havia sido anunciado como secretário nacional da Cultura, mas, depois de pressões de artistas e servidores, Temer decidiu recriar a pasta, o que fez com que Calero fosse alçado ao posto de ministro.

Na ocasião, o presidente interino pediu aos presentes que aplaudissem o ex-presidente José Sarney “já que foi ele o criador” do Ministério da Cultura. Temer ainda citou um trecho do discurso de Marcelo Calero e disse que concordava com o fato de que “o partido da cultura é a cultura”. “Ele disse muito bem: a cultura não é de ninguém, a cultura não é de partido, a cultura é nacional”, destacou.


Temer ratificou o perfil de diplomata de Calero e disse que além de boas referências trazidas pelo ministro da Educação, Mendonça Filho, a quem Calero seria subordinado, a passagem do agora ministro pela secretaria de Cultura do Rio foi boa.

“Em sua gestão ele conseguiu reunificar todo o setor cultural e deu-lhe grande desempenho”, declarou. “O Marcelo (Calero) é diplomata e como todo diplomata é capaz de fazer uma coisa essencial para o Brasil hoje: que é o dialogo”.

Michel Temer refez a promessa de quitar os débitos com o setor até o final em parcelas. “Há um déficit na cultura de R$ 230 milhões e vamos quitar esse déficit ainda este ano”, disse.

O cineasta Cacá Diegues, que compareceu à cerimônia, disse que a posse de Calero era um reconhecimento da classe artística. “Fui o que mais escreveu contra extinção do Ministério, vim aqui para celebrar o reconhecimento”, afirmou.

O cineasta destacou o trabalho de Marcelo Calero no Rio e afirmou que agora é o momento de a classe artística colaborar para que seu trabalho na pasta dê certo. Além de Cacá Diegues, poucos artistas compareceram à posse do novo ministro, como a atriz e diretora Carla Camurati e o ator Odilon Wagner.

apoio_04