Lava-Jato: delação de Sérgio Machado e manobra para salvar Lula afrontam a democracia brasileira

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Há nos bastidores da Operação Lava-Jato muitas estranhezas, as quais não arrancam explicações até mesmo dos mais crédulos. Desde a deflagração da investida da Polícia Federal que desmontou o maior e mais ousado esquema de corrupção de todos os tempos, o Petrolão, que funcionou deliberadamente durante uma década na Petrobras, jamais uma delação premiada foi aprovada em tão pouco tempo.

A demora que marcou os acordos de colaboração premiada se explica pelo fato de os delatores terem a obrigação de falar a verdade, de acordo com o que determina a legislação pertinente. Até porque, uma mentira qualquer pode inviabilizar o acordo.

Tratado pelos procuradores da República como oráculo da verdade, Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, é protagonista da delação mais célere e inconsistente da Lava-Jato. Isso porque Machado saiu atirando para todos os lados, contra quem quisesse e não precisou esperar muito para ter seu acordo de colaboração validado, inclusive pelo Supremo Tribunal Federal. Até o momento, não se conhece eventuais provas apresentadas pelo delator ou conseguidas pelas autoridades. E se essas existem estão muito bem guardadas. O UCHO.INFO arrisca a afirmar, mais uma vez, que essas provas simplesmente inexistem.

O objetivo da delação de Sérgio Machado ficou claro em pouquíssimo tempo: promover um desarranjo no governo interno de Michel Temer e mostrar à opinião pública que todos os políticos, sem exceção são iguais, ou seja, corruptos. Esses dois propósitos atendem aos interesses do PT, partido que ancorou o período mais corrupto da história nacional.

Não obstante, os procuradores da força-tarefa da Lava-Jato, em Curitiba, entendem que há elementos suficientes para oferecer denúncia contra o alarife Lula, mas não para pedir sua prisão preventiva. Ora, é sabido que o lobista-palestrante transita com destreza e intimidade nos bastidores do poder, a ponto de tentar obstruir os trabalhos da Justiça. Isso é motivo mais que suficiente para pedir sua prisão preventiva.


As gravações feitas com autorização judicial mostraram não apenas a verdadeira face de Lula, o comandante-mor do Petrolão, mas seu desprendimento para buscar uma forma de interromper as investigações. As muitas conversas do petista que foram grampeadas não deixam dúvidas a respeito da necessidade de mandar o lobista da Odebrecht à prisão.

Dono de fala fácil e especialista em levar adiante o discurso que agrada a massa ignara, Lula tenta passar à opinião pública a ideia de que é um inocente perseguido pelas elites, apenas porque conseguiu dar aos pobres aquilo que nenhum outro governante proporcionou. Conversa fiada da pior qualidade balbuciada por um embusteiro profissional e conhecido.

O petista cometeu diversos ilícitos sob o manto da corrupção institucionalizada, mas insiste em afirmar que nada há contra ele. Não conseguiu convencer as autoridades acerca de dois imóveis (o sítio em Atibaia e o triplex em Guarujá), mas diz que trata-se de perseguição. Recebeu dinheiro nas contas do instituto que leva seu nome sob a alegação de ter ministrado palestras às empreiteiras do Petrolão, mas não consegue explicar o que falou aos que foram vê-lo e ouvi-lo. Se é que essas palestras de fato aconteceram.

Há neste momento no Brasil um golpe declarado e silencioso para proteger os saltimbancos que saquearam o País e ainda teimam em instalar por aqui uma ditadura comunista. Ou os brasileiros de bem voltam às ruas para cobrar o fim desse picadeiro disfarçado de democracia, ou o melhor é acreditar que a vizinha e combalida Venezuela é uma réplica do paraíso.