Oscar Pistorius é condenado a seis anos de prisão na África do Sul por assassinar a namorada

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O atleta sul-africano Oscar Leonard Carl Pistorius foi condenado nesta quarta-feira (6) a seis anos de prisão pelo assassinato da namorada, a modelo Reeva Steenkamp. Ao ler a sentença, a juíza afirmou que Pistorius, presente no tribunal, é um “herói caído”.

O atleta corria o risco de enfrentar 15 anos de prisão – sentença mínima para assassinato na África do Sul – por disparar quatro vezes contra a namorada no banheiro da própria casa, em Pretória, em 14 de fevereiro de 2013.

No entanto, a juíza Thokozile Masipa argumentou em sua decisão haver “circunstâncias substanciais e convincentes” no caso para reduzir a sentença. A magistrada afirmou que o atleta é um “bom candidato à reabilitação”.

Os pais de Steenkamp, Barry and June, estavam presentes no tribunal, assim como uma série de outros parentes da modelo sul-africana e de Pistorius. A juíza ordenou um recesso para que a procuradoria e os advogados de defesa do atleta tenham tempo de decidir eventuais recursos.


Drama legal

A sentença desta quarta-feira é o último ato de um drama jurídico e pessoal que já dura três anos e meio. Em dezembro do ano passado, a mais alta corte de apelações da África do Sul havia alterado o veredicto de Pistorius de homicídio involuntário para assassinato.

A decisão do Tribunal Supremo de Apelação atendeu a um pedido da promotoria pública, que solicitou o endurecimento da pena anterior, de cinco anos de prisão, que o atleta cumpria em sua casa. Os juízes haviam concluído que a magistrada que julgou Pistorius em 2014 cometeu vários erros, em veredicto que chamaram de confuso, e consideraram provado que o atleta, antes dos disparos, podia prever a possibilidade de matar a namorada. Ele alega ter pensado que ela era um intruso escondendo-se no banheiro.

Pistorius, de 29 anos, teve as duas pernas amputadas abaixo do joelho quando tinha apenas 11 meses de idade, devido a um problema congênito. Ele fez história ao correr nos Jogos Olímpicos de 2012, com suas próteses de fibra de carbono, e tornando-se um dos atletas mais reconhecidos do mundo. (Com agências internacionais)

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