Crise na Petrobras: BR Distribuidora pode ser fechada no início do próximo ano

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Após reunião com o presidente em exercício Michel Temer, no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira (27), o presidente da Petrobras, Pedro Parente, afirmou que o processo de venda de participação da BR Distribuidora deve ser fechado no primeiro trimestre de 2017.

Conforme o dirigente da companhia estatal, a empresa pública deverá receber propostas vinculantes até dezembro deste ano, o que fará com que a transação seja encerrada no início de 2017.

Contudo, Parente observou que dependendo de quem for o vencedor, a etapa de análise pelas agências reguladoras poderá ter um período de duração maior.

“Nós receberemos as chamadas propostas vinculantes por volta de novembro e dezembro, o que sugere que o fechamento dessa transação se dará no primeiro trimestre do ano que vem, possivelmente. Dependendo de quem for o vencedor, muito provavelmente haverá questões relacionadas a discussões de natureza regulatória. Se for alguém que já é um player do mercado, certamente isso vai merecer por parte do Cade uma atenção maior”, destacou Parente.

Após analisar três propostas de compra da subsidiária, a Petrobras decidiu, na última semana, alterar o modelo de venda da companhia, um dos principais ativos de seu plano de desinvestimento.


O novo modelo prevê o compartilhamento do controle da companhia com novos sócios. Ele também prevê o lançamento de duas classes de ações da subsidiária: preferenciais (sem direito a voto) e ordinárias (com direito a voto). Será vendida uma fatia de 51% do capital votante.

É importante destacar que em 2006, quando se preparava para a campanha à reeleição, o então presidente Lula endossou sem questionamentos o boato de que uma vitória do candidato PSDB, à época Geraldo Alckmin, representaria a privatização da Petrobras. Como os tucanos demoraram a reagir e ao fazê-lo deixaram a desejar, o que era uma sonora mentira tornou-se uma verdade covarde, até porque muitos passaram a acreditar no bandoleiro mantra petista.

Dez anos depois daquela monumental mentira, a Petrobras, outrora uma das maiores petrolíferas do planeta, é obrigada a desfazer dos seus investimentos como forma de aliviar o caixa e minimizar o endividamento.

Até agora, nenhum petista teve coragem suficiente para falar sobre a boataria de 2006 e muito menos para falar sobre o assalto aos cofres da empresa, que despencou no ranking das companhias do setor de petróleo. Como disse certa feita um conhecido comunista de boteco, “nunca antes na história deste país”.

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