Discussão entre ministro da Cultura e ex-titular da pasta é degradante e mostra desespero esquerdista

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Beira a degradação o bate-boca entre o ministro da Cultura, Marcelo Calero, e o ex-titular da pasta, Juca Ferreira. No Facebook, ambos protagonizam há alguns dias uma discussão bizarra que passa pelas demissões ordenadas por Calero, como se o ministro precisasse dar satisfação ao antecessor, um borra botas que se acostumou a cumprir ordens bolivarianas emitidas a partir do Palácio do Planalto.

Marcelo Calero acusa o ex-ministro de ter levado adiante uma gestão “irresponsável” e “incompetente”, além de ter aparelhado a pasta. Juca Ferreira, por sua vez, alega que o sucessor tenta justificar suas “arbitrariedades” e “incompetências”. Ou seja, Calero e Ferreira estão a protagonizar uma discussão típica de bataclã de beira de estrada, onde as moças que dormem à tarde brigam pelo único cliente.

Na última terça-feira (26), o Ministério emitiu nota para justificar as demissões. “As exonerações fazem parte da reestruturação da pasta e do plano de valorização dos servidores de carreira, anunciado pelo Ministro da Cultura, Marcelo Calero, por ocasião de sua posse. A medida promove o desaparelhamento do Ministério da Cultura e valoriza o servidor de carreira”, destacou a nota.

Acusado de ser um “pau mandado” e “agente menor do golpe”, Calero usou a rede social para responder ao antecessor, cujas palavras mostram sua canhestra simpatia pelo governo que desmoronou.

“O ex-Ministro Juca Ferreira, cuja trajetória pessoal respeito profundamente, usou hoje as redes sociais para me ofender e atacar de maneira vil. Lastimo muito que assim tenha procedido. Considerar que adversários políticos são inimigos e buscar destruir reputações são duas das razões pelas quais atravessamos a maior crise de toda nossa história, produto da gestão da qual ele fez parte. De toda sorte, seguimos aqui firmes, no combate ao aparelhamento do MinC e no conserto do caos administrativo que nos foi legado”, escreveu Marcelo Calero.


Juca Ferreira, que é obediente à esquerda bandoleira que arruinou o País ao longo de treze anos, não se conforma com as acusações e diz que jamais houve aparelhamento do ministério. Aliás, Juca diz que entre os demitidos por Marcelo estão simpatizantes de FHC e inclusive da outrora oposição.

Ferreira pode dizer o que bem entender, até porque a democracia brasileira, ainda que jovem, recepciona com galhardia o direito à livre manifestação do pensamento, mas não se pode negar o aparelhamento do Estado como um todo, começando pelo Ministério da Cultura. Sem precisar de muito esforço do raciocínio é possível identificar a proteção dada pelo Minc a artistas e intelectuais alinhados à esquerda ou defensores de Dilma Rousseff, a presidente afastada.

Quem apresentou um projeto ao Ministério da Cultura no afã de conseguir autorização para captar recursos com base na Lei Rouanet sabe da dificuldade. Se o pretendente não tivesse nas mãos uma cangalha esquerdista, por certo precisou do famoso “pistolão” para ter seu projeto aprovado.

Na extensa maioria das vezes a aprovação dos projetos enquadrados na Lei Rouanet privilegiava os “camaradas”, deixando na parte de baixo da pilha os trabalhos de pretendentes que não comungavam pela cartilha criminosa do bolivarianismo tupiniquim. A informação é de um ex-servidor do Minc que trabalhou no gabinete de um dos ministros da pasta.

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