Receita Federal aponta que arrecadação cai 7,14% e tem o pior junho desde 2010

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Nesta quinta-feira (28), a Receita Federal divulgou que a arrecadação do governo federal em junho alcançou R$ 98,129 bilhões, recuo de 7,14% ante o mesmo mês de 2015 corrigido pela inflação, no pior desempenho para o mês desde 2010.

Isso é consequência da expressiva queda na arrecadação de importantes impostos em meio à recessão econômica. Em junho, a receita com Cofins/Pis-Pasep caiu 8,45% sobre um ano antes, a R$ 20,777 bilhões, ou R$ 1,9 bilhão a menos no período.

O recuo ainda foi grande com Imposto de Importação/IPI-Vinculado (-R$1,4 bilhão) no período, receita previdenciária (-R$ 991 milhões) e Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ)/Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (-R$ 784 milhões).

Pesquisa da agência de notícias Reuters com analistas apontava que, pela mediana, a expectativa era de que a arrecadação ficaria em R$ 99 bilhões em junho.


A dinâmica de debilidade também foi a tônica do primeiro semestre, resultando numa arrecadação de R$ 617,257 bilhões, queda real de 7,33% sobre o mesmo período do ano passado, também pior desempenho para o período desde 2010.

De acordo com a RF, nos seis primeiros meses de 2016, o impacto negativo veio principalmente da menor receita previdenciária (-R$ 9,8 bilhões), Cofins/Pis-Pasep (-R$ 9,8 bilhões), Imposto de Importação/IPI-Vinculado (-R$ 8 bilhões) e IRPJ/CSLL (-R$ 6,5 bilhões).

O movimento de baixa quase generalizada acabou ofuscando o declínio de 17,99% nas desonerações sobre o primeiro semestre de 2015. Mesmo menores, elas ainda se mantiveram expressivas em R$ 45,323 bilhões.

Na última semana, o governo reconheceu o difícil quadro de receitas ao calcular que será necessário queimar R$ 16,5 bilhões em reservas do orçamento de 2016 para seguir se adequando à meta fiscal para o ano, de déficit primário de R$ 170,5 bilhões para o governo central.

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