Gleisi diz que Lula sancionou a Lei Maria da Penha e que Dilma é vítima de violência política por ser mulher

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Não existem limites para a desfaçatez da senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR). Em seu último rompante de cinismo, a parlamentar petista, que lidera a tropa de choque da presidente afastada, subiu à tribuna do Senado para lembrar que Lula sancionou a Lei Maria da Penha e que Dilma Rousseff, supostamente, estaria sendo vítima de violência política que poderia enquadrar seus agressores nos rigores da mencionada lei.

Gleisi finge ignorar que Dilma não está sendo apeada do poder por ser mulher, mas por ter cometido uma série de crimes graves contra a administração pública, ter destruído a economia nacional, ressuscitado a inflação e permitido a destruição da Petrobras por meio de inédito esquema de corrupção. Ou seja, não há no calvário político de Dilma qualquer evidência de discriminação de gênero.

Na verdade, Gleisi Hoffmann é a pessoa menos indicada para invocar a violência contra a mulher em defesa de quem quer que seja. Em 2012, a senadora paranaense levou para a Casa Civil, na condição de assessor especial, um pedófilo conhecido no interior do Paraná.

Já condenado a mais de cem anos de prisão – a somatória de outras condenações deverá alcançar o mesmo período – Eduardo Gaievski foi incumbido de comandar os programas do governo federal destinados a crianças e adolescentes. Em outras palavras, Gleisi colocou a raposa para tomar conta do galinheiro.


Apesar da pesada condenação e da violência hedionda cometida contra dezenas de meninas pobres e vulneráveis, crimes comprovados de forma incontestável, Gaievski, o monstro da casa Civil, continua regularmente filiado ao PT, o que contraria o estatuto da legenda. Mas entre os camaradas alguns são mais iguais que os outros.

Recentemente, Gleisi assistiu com debochado sorriso, no “plenarinho” da Assembleia Legislativa do Paraná, o momento em que o deputado estadual Tadeu Veneri, seu candidato a prefeito de Curitiba pelo PT, expulsava a socos e empurrões uma ativista de movimento de rua que no local abriu faixa criticando as plásticas da senadora.

Com esse passivo de envolvimento (verdadeiro) com personagens como Veneri e Gaievski, que praticaram violência contra mulheres, a alegação de Gleisi de que Dilma é vítima de violência por ser mulher fica ainda mais falsa e cínica.

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