Impeachment: fala de Belluzzo em favor de Dilma explica a ruína deixada nas finanças do Palmeiras

luizgonzaga_belluzzo_1001

Economista e professor, Luiz Gonzaga Belluzzo (à direita na foto) desembarcou em Brasília na condição de testemunha de defesa da afastada Dilma Rousseff, mas acabou como informante na sessão de julgamento do processo de impeachment a que responde a petista. Essa mudança de status era prevista, pois Belluzzo é sócio de uma publicação que foi transformada em uma espécie de folhetim dos governos petistas, de quem recebeu polpudas quantias em recursos públicos por meio de publicidade oficial.

Sem o compromisso de dizer a verdade e de limitar-se a responder a perguntas dos senadores, Luiz Gonzaga Belluzzo pode tergiversar à vontade, filosofar sobre economia e tentar defender a presidente afastada. Como se a política econômica de um país pudesse ser conduzida com irresponsabilidade, o informante embarcou na bizarrice discursiva do senador Roberto Requião (PMDB-PR), que ao longo dos anos acostumou-se à vida boa financiada com o suado dinheiro do contribuinte.

Belluzzo concordou com Requião, conhecido no Paraná como “Maria Louca”, que afirmou ter o então ministro Joaquim Levy ter adotado uma “política neoliberal de apostila”. Quando um economista concorda com um ataque covarde e rasteiro como o do ex-governador do Paraná, por certo o seu manto professoral está puído. Aliás, o currículo de Belluzzo, no quesito realizações e acertos, fala por si só.


O professor e dublê de economista (ou vice-versa) aproveitou a oportunidade para, dispensado da condição de testemunha, para delirar em plenário e impor aos senadores e aos brasileiros uma aula sobre macroeconomia, como se isso fosse exatamente o que a nação precisa a essa altura dos acontecimentos. A incursão de Belluzzo, que deveria servir para aliviar o calvário de Dilma, acabou complicando a situação da petista. Isso porque ele não negou a existência das pedaladas fiscais.

Belluzzo, do alto de um pensamento utópico, classificou as pedaladas fiscais como “despedaladas”, alegando que as mesmas foram dotadas em função de uma causa maior: programas sociais e educacionais e o Plano Safra. Foi nesse ponto que o professor atrapalhou a presidente afastada, porque reconheceu o ilícito e batizou-o com outro nome. A desfaçatez combinada do economista foi tamanha, que ele chegou a afirmar que não houve crime de responsabilidade por parte de Dilma, mas, sim, excesso de responsabilidade.

Se alguém esperava um depoimento coerente de Luiz Gonzaga Belluzzo perdeu tempo, pois quem arruinou as finanças da Sociedade Esportiva Palmeiras não pode alcançar tal patamar de excelência, mesmo que apenas no discurso. Resumindo, de testemunha a informante, Belluzzo saiu de água fria na fervura para mais lenha na fogueira.

apoio_04