Justiça do Rio determina o bloqueio dos bens de Lindbergh Farias, um dos “cães de guarda” de Dilma

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Começou a desmoronar o castelo de mentiras de Lindbergh Farias, senador pelo PT do Rio de Janeiro e mais aguerrido defensor da ex-presidente Dilma Rousseff, papel que desempenhou como se fosse uma ode à moralidade pública.

Nesta segunda-feira (5), a Justiça do Rio de Janeiro informou que tornou indisponíveis os bens do senador petista devido à contratação supostamente irregular de empresas de coleta de lixo no município de Nova Iguaçu em 2009, quando Lindbergh era o prefeito da cidade da Baixada Fluminense.

A decisão atendeu a um pedido do Ministério Público fluminense, que impetrou ação civil pública por improbidade administrativa e requereu a decretação da indisponibilidade como medida cautelar. A decisão foi da juíza Marianna Medina Teixeira, em exercício na 4ª Vara Cível de Nova Iguaçu.

Além de Lindbergh Farias, oito pessoas e três empresas figuram como rés no referido processo. De acordo com a denúncia apresentada pelo MP, durante a gestão do petista foi montado um esquema na prefeitura de Nova Iguaçu para beneficiar determinada empresa. O esquema, segundo a investigação, tinha na proa o ex-prefeito e dois assessores.

A contratação de uma empresa de coleta de lixo se deu em caráter emergencial e mediante dispensa de licitação, consumido mensalmente a fortuna de R$ 2.356.656,85, valor que ao final de um contrato de seis meses totalizou R$ 14.139.941,10.


Seguindo o mesmo modelo suspeito, a administração de Lindbergh Farias contratou outras duas empresas, também em 2009, para coleta e remoção de lixo urbano e varrição de ruas. Os contratos consumiram R$ 40.229.887,62.

O Ministério Público afirmou que “em verdade, não houve situação emergencial que ensejasse a dispensa de licitação para a prestação de serviço, uma vez que Lindbergh assumiu o cargo de prefeito em 01/01/2005 e que, por tal motivo, teria tido tempo hábil para atualizar-se em relação à situação contratual e, assim, realizar o devido procedimento licitatório prévio à renovação dos contratos, nos termos da Lei n.º 8.666/93”.

Acrescenta o MP do Rio que “a situação de emergência suscitada pela municipalidade ocorreu por inércia da própria administração pública, pela falta de planejamento, desídia administrativa e má gestão”.

Coincidência ou não, Lindbergh Farias, o estridente integrante da tropa de choque de Dilma, concorreu, em 2010, ao Senado Federal pelo partido que protagonizou o período mais corrupto da história nacional.

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