Na ONU, Michel Temer faz apelo para ação urgente e conjunta dos países para salvar refugiados

(Carlo Allegri - Reuters)
(Carlo Allegri – Reuters)

O presidente Michel Temer discursou nesta segunda-feira (19) na Conferência sobre Refugiados e Migrantes, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, durante encontro que acontece na véspera da Assembleia Geral da entidade.

“Há quase 70 anos a Assembleia Geral aprovou uma declaração universal de direitos e que já passou a hora de traduzir esse direito em medidas concretas”, declarou Temer. “O Brasil é um país que se ergueu com a força de milhões de pessoas de todos os continentes. Valorizamos nossa diversidade. Os imigrantes deram – e continuam a dar – contribuição significativa para o nosso desenvolvimento. Mais do que isso, são parte essencial de nossa própria identidade.”, acrescentou.

Para Temer, “somente uma solução negociada de crises políticas e um desenvolvimento podem prevenir o deslocamento forçado”. O presidente brasileiro declarou que os fluxos de refugiados “são o resultado de guerras, de repressão, do extremismo violento – não são a sua origem. As preocupações legítimas dos governos com a segurança de seus cidadãos devem estar em consonância com os direitos inerentes a cada ser humano. Se abrirmos mão da defesa intransigente desses direitos, estaremos abrindo mão de nossa própria humanidade.”


Embaixador brasileiro salvou judeus

Michel Temer informou que uma nova lei de migrações tramita no Congresso brasileiro. O presidente falou também sobre as primeiras delegações de refugiados que participaram dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio de Janeiro.

O peemedebista recordou o caso do embaixador Luiz Martins de Souza Dantas, que durante a Segunda Guerra Mundial concedeu centenas de vistos em Paris para que cidadãos europeus perseguidos pelo nazismo pudessem fugir para o Brasil. O presidente encerrou o discurso dizendo que Souza Dantas “estava à frente de seu tempo” e é disso que o mundo precisa atualmente.

Nenhum comportamento radical, marcado pelo segregacionismo, alcançará soluções para a grave crise migratória que assusta o planeta. Os que fogem dos seus países o fazem apenas por questões de sobrevivência e em busca de uma vida minimamente digna. É fato que em meio aos refugiados infiltram-se terroristas, que aproveitam o momento para disseminar violência e extremismo, mas cabe a cada governante criar um sistema que detenha esses criminosos que se escondem debaixo da fé. (Com agências internacionais e Rádio ONU)

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