Arquivo X: temendo a própria prisão, Gleisi condena com histeria a prisão do “companheiro” Mantega

gleisi_hoffmann_1048

Ciente de que pode experimentar uma temporada atrás das grades por conta da acusação de participação no Petrolão, o maior e mais acintoso esquema de corrupção da história, a senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR), já assistiu à prisão do próprio marido, o ex-ministro Paulo Bernardo da Silva (Planejamento e Comunicações), acusado de comandar esquema criminoso que surrupiou mais de R$ 100 milhões de servidores federais, inclusive aposentados, que recorreram a empréstimos consignados.

Agora, de forma histérica, a senadora paranaense critica a prisão do “companheiro” e ex-ministro Guido Mantega (Fazenda), na Operação Arquivo X, 34ª fase da Operação Lava-Jato. Mantega, que também é alvo da Operação Zelotes, foi preso sob a acusação de ter atuado nos bastidores como ativo arrecadador do PT durante os governos de Lula e Dilma. O que coloca ambos na cena do crime, pelo menos no que se refere à Lava-Jato.

Lembrando a prisão do marido, Gleisi classificou como “espetáculo” e “humilhação” a prisão de Mantega pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (22). “Prenderam o Guido pq ele ia fugir via hosp Albert Einstein? Moro e PF iniciam Operação Boca de Urna”, publicou a senadora no Twitter. Guido Mantega estava no Hospital Albert Einstein na Zona Sul da capital paulista, acompanhando a esposa que passa por tratamento médico, com direito a cirurgia.

O raciocínio de Gleisi é típico de um petista apanhado com a mão no butim. Quando roubam e saqueiam o País, como Paulo Bernardo e Mantega são acusados de fazer, não pensam nas pessoas que morrerão nos hospitais públicos por conta do dinheiro desviado.


Também não se preocupam com a desgraça que alcançou quase 12 milhões de desempregados, fruto da incompetência de Dilma e Mantega na definição da política econômica do governo que por sorte já acabou.

Contudo, quando a Justiça, sob o manto da lei e da Constituição Federal, resolve agir, bradam contra o Estado Democrático de Direito com palavras inglórias como “injustiça”, “espetáculo” e “humilhação”.

Seguindo o próprio raciocínio, Gleisi, que é acusada de corrupção por sete delatores da Lava-Jato, e tem julgamento marcado para o próximo dia 27 no Supremo Tribunal Federal (STF), poderia, diante da iminência de ser presa após condenada, refugiar-se em uma igreja da esquina mais próxima. De tal modo, nesse cenário típico de dramalhão de quinta, a petista poderá alegar que é vítima dos adversários e da direita golpista, além de falar sobre “enorme injustiça”, “um espetáculo” e “sacrilégio”.

O cinismo dos petistas não tem limites, mas muito acima do desaforo recorrente dos delinquentes que saquearam o País está a lei. Que ninguém dos envolvidos no Petrolão aposte na impunidade, pois a Operação Lava-Jato avança com celeridade, a Justiça está com disposição para passar o Brasil a limpo e o arquivo do UCHO.INFO ainda tem um bom estoque de escândalos.

apoio_04