Após erros no Brasileirão, CBF troca presidente da comissão de arbitragem

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A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou, nesta terça-feira (27), a mudança na presidência da Comissão Nacional de Arbitragem. Sérgio Corrêa da Silva deixa o cargo para cuidar apenas de estudos para implementar árbitros de vídeo. O novo ocupante da presidência será Marcos Cabral Marinho de Moura, o Coronel Marinho, ex-dirigente da Federação Paulista de Futebol (FPF).

Silva estava na segunda passagem pelo órgão, de onde foi demitido em 2012 pelo então presidente José Maria Marin, e retornou em maio de 2014.

É a quarta mudança na Comissão de Arbitragem em quatro anos. A primeira troca foi a própria saída de Corrêa para a vinda de Aristeu Leonardo Tavares, que ficou menos de um ano. O substituto foi demitido depois de conceder entrevista polêmica em que revelou denúncias de manipulação de resultados.

Após Tavares, Antônio Pereira da Silva assumiu a presidência, cargo em que permaneceu por pouco mais de um ano, até a volta de Corrêa. O dirigente, desligado nesta terça, foi árbitro da CBF entre 1989 a 2000 e presidente do Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado de São Paulo.


O Coronel Marinho terá como vice-presidente Alício Pena Júnior. Ainda farão parte da Comissão os ex-árbitros Cláudio Cerdeira e Ana Paula Oliveira. As alterações incluem também a Escola Nacional de Árbitros de Futebol (ENAF), que dá lugar a Manoel Serapião Filho.

Marinho chefiou a arbitragem da Federação Paulista de Futebol por 11 anos, até 2016. A saída dele se deu após erro na escala de árbitros para jogos da Copa São Paulo de Futebol Junior.

Mais detalhes sobre a mudança serão anunciados em entrevista coletiva na sede da CBF nesta quarta-feira. O responsável pela arbitragem nos campeonatos nacionais estava sob pressão e crítica dos clubes pela qualidade dos juízes nas partidas pelo Campeonato Brasileiro.

Em entrevista ao canal SporTV, o secretário-geral da CBF, Walter Feldman, explicou que a troca se deu em comum acordo. “Reconhecemos o cansaço e a sobrecarga do Sérgio Corrêa. É uma escolha sensata, extraída a partir do pedido dele próprio, somada a uma necessidade de reformulação de ares”.

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