Efeitos da crise: população que não trabalha e nem procura emprego chega a 10,7%, informa o IBGE

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Para quem tinha dúvidas a respeito do enorme estrago produzido pelo governo de Dilma Vana Rousseff na economia, o mais recente dado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o mercado de trabalho chega a ser assustador, mas não foge do cenário destacado pelo UCHO.INFO desde o início de 2015.

De acordo com o IBGE, que na manhã desta quinta-feira (13) divulgou novos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), analisados de modo a seguir as recomendações internacionais da Organização Internacional do Trabalho (OIT), no segundo trimestre do ano a força de trabalho (ocupados e desocupados) existente no Brasil alcançou a incrível marca de 102,4 milhões de pessoas.

Segundo o instituto, a o contingente populacional fora da força de trabalho – que não estava trabalhando ou procurando emprego – registrou 63,9 milhões de pessoas no segundo trimestre. Desse total, 57,7 milhões de pessoas estavam fora da força de trabalho potencial, enquanto 6,2 milhões integravam a força de trabalho potencial (pessoas que gostariam de trabalhar, mas não procuraram trabalho ou que procuraram e não estavam disponíveis para trabalhar).

Somando-se os 11,6 milhões de desocupados aos 6,2 milhões da força de trabalho potencial, o total chega a 17,8 milhões, o que no segundo trimestre representava 10,7% do contingente total de 166,3 milhões de pessoas em idade laboral. Trata-se do maior percentual da série iniciada em 2012.


Este portal sempre ressaltou que o cenário do mercado de trabalho no País era muito pior do que o apontado apenas pelo índice de desempregados, que por si só é preocupante. Com os novos indicadores, a situação mostra-se ainda pior.

O IBGE destaca que entre as 90,8 milhões de pessoas ocupadas há um grupo considerado “subocupados por insuficiência de horas trabalhadas” – pessoas ocupadas com jornada menor do que as 40 horas semanais previstas na CLT. Essa grupo chegou a 4,8 milhões de pessoas no segundo trimestre.

De tal modo, a soma de desocupados com subocupados totalizava 16,4 milhões de pessoas, ou 9,9% do contingente total de pessoas em idade de trabalho. No segundo trimestre deste ano, a subocupação por insuficiência de horas e a desocupação chegou a 16%.

Cimar Azeredo, economista do IBGE, ressalta que a “subutilização da força potencial” significa “falta trabalho, (não emprego), para 22,7 milhões de pessoas no País”.

Durante o trâmite do processo de impeachment no Congresso Nacional, a tropa de choque da então presidente Dilma insistia na tese do golpe sob a alegação de que a petista foi abatida pela oposição no momento em que se dedicava para tirar a economia nacional do atoleiro da crise. Algo impossível com os fracassados métodos palacianos e diante de uma devastação econômica.

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