Réu mais uma vez em ação penal por corrupção, Lula vê situação piorar inclusive fora do Brasil

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Pela terceira vez em apenas dois meses o ex-presidente Lula tornou-se réu em mais um processo penal no âmbito do Petrolão, o maior e mais ousado esquema de corrupção de todos os tempos. Nesta quinta-feira (13), o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, aceitou denúncia contra o ex-metalúrgico por corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa e tráfico de influência.

Além de Lula, são réus na ação penal Taiguara Rodrigues dos Santos (sobrinho da primeira mulher do petista), o empresário Marcelo Bahia Odebrecht e outras oito pessoas. Todos são acusados pelo Ministério Público Federal de participação em fraudes envolvendo contratos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em favor da empreiteira baiana. Os investigadores afirmam que Lula agiu junto ao BNDES para beneficiar a Odebrecht, viabilizando obras da construtora em Angola.

Segundo a investigação, Taiguara Rodrigues acabou ingressando no esquema criminoso para dar origem ao dinheiro da propina paga pela empresa ao petista. Taiguara, que tinha uma pequena empresa de fechamento de varandas de apartamentos, em Santos, em um passe de mágica tornou-se sócio da Exergia Brasil, contratada pela Odebrecht para gerenciar obra de ampliação e modernização da hidrelétrica de Cambambe, em Angola.

Em depoimento à CPI do BNDES, em fevereiro deste ano, Taiguara afirmou que o angolano Helder João Beji (funcionário do Tribunal de Contas de Angola) apresentou-lhe o empresário português João Pinto Germano, dono da Exergia de Portugal, que também atua no país africano. Coincidência ou não, Germano é ligado a José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa, ex-primeiro-ministro de Portugal e filiado ao Partido Socialista. Investigado, preso e processado no âmbito da Operação Marquês, Sócrates tem ligações estranhas com ex-presidente Lula, que também desperta a curiosidade das autoridades portuguesas.


A ação penal em questão não é simples e pode levar à prisão a maioria dos réus, se não a totalidade deles, pois o favorecimento à Odebrecht em relação a empréstimos do BNDES é fato incontestável. Fora isso, os investigadores descobriram que as anunciadas palestras de Lula em Angola não passaram de cortina de fumaça para esconder o pagamento de propinas por obras no país africano.

Confira abaixo nos nomes dor réus os crimes que constam na denúncia do MPF:

Luiz Inácio Lula da Silva – organização criminosa, lavagem de dinheiro, tráfico de influência e corrupção passiva

Marcelo Bahia Odebrecht – organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção ativa

Taiguara Rodrigues dos Santos – organização criminosa e lavagem de dinheiro

José Emmanuel de Deus Camano Ramos – organização criminosa e lavagem de dinheiro

Pedro Henrique de Paula Pinto Schettino – lavagem de dinheiro

Maurizio Ponde Bastianelli – lavagem de dinheiro

Javier Chuman Rojas – lavagem de dinheiro

Marcus Fábio Souza Azevedo – lavagem de dinheiro

Eduardo Alexandre de Athayde Badin – lavagem de dinheiro

Gustavo Teixeira Belitardo – lavagem de dinheiro

José Mário de Madureira Correia – lavagem de dinheiro

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