Advogados de Lula creem no alarife do Petrolão e pedem suspeição de desembargador da Lava-Jato

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Definitivamente, Lula continua acreditando estar acima da lei e de todos. Responsável pelo período mais corrupto da história brasileira e encalacrado na Operação Lava-Jato, o ex-presidente quer determinar como a Justiça deve funcionar.

Defensores do petista, os advogados Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira protocolaram nesta terça-feira (17) ação em que pedem declaração de suspeição por parte do desembargador João Pedro Gebran Neto para julgar processos relativos a Lula, por suposta relação com o juiz federal Sérgio Moro. De acordo com Martins e Teixeira, o pedido foi feito ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), com sede em Porto Alegre (RS).

“Na condição de advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fizemos nesta data (18/10) o protocolo de incidente chamado ‘exceção de suspeição’ em relação ao desembargador federal João Pedro Gebran Neto, do Tribunal Regional Federal da 4ª. Região (TRF4) — relator prevento para o julgamento das exceções de suspeição do juiz federal Sérgio Fernando Moro que também foram apresentadas por Lula”, ressalta a nota divulgada pelos advogados.

Lula é réu em três processos na Justiça – do Distrito Federal e do Paraná – e alvo de dois inquéritos que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF). O que explica o desespero do petista diante da possibilidade de dser preso a qualquer momento.


Em uma das ações, o ex-metalúrgico é acusado de tentativa de obstrução da Lava-Jato no caso da incursão para comprar o silêncio de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras. O plano, colocado em prática pelo então senador Delcídio Amaral (MS), era evitar que Cerveró optasse pela delação premiada, o que acabou acontecendo.

Na nota, os advogados de Lula, ao requererem a suspeição do desembargador Gebran Neto, destacam que “amizade íntima com a parte é causa expressa na lei para o conhecimento da suspeição”.

“O desembargador federal João Pedro Gebran Neto poderá reconhecer sua suspeição e nesta hipótese ordenará a redistribuição dos incidentes processuais em que o juiz federal Sergio Fernando Moro figure como parte […] ou, então, deverá suspender o julgamento desses incidentes até solução da exceção de suspeição […], que deverá ser distribuída a um relator e será julgado pela Corte Especial do TRF4″, completam os responsáveis pela defesa de Lula.

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