Sindicatos planejam greve geral contra reformas propostas pelo governo de Michel Temer

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Na quarta-feira (19), a centrais sindicais se reunirão na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT) com o objetivo de definir um dia nacional de mobilização e paralisações contra as reformas propostas pelo governo Michel Temer.

“Os debates se darão no Congresso e precisamos trazer a população para o nosso lado”, explicou o secretário-geral da Força Sindical, José Carlos Gonçalves, o Juruna.

No início de outubro, dirigentes de 79 entidades sindicais que representam trabalhadores do setor de transportes de todo o Brasil concordaram em se engajar em uma greve geral contra as reformas trabalhista e previdenciária propostas pelo governo.

Ainda participaram representantes dos trabalhadores dos portos, aeroportos, ferrovias e rodovias e sistemas viários urbanos de todos os Estados do País.

Segundo informações, a data da paralisação está programada para o dia 10 de novembro, mas ainda depende de confirmação dos sindicalistas, o que deve ocorrer na reunião de quarta-feira.


O engajamento dos trabalhadores dos transportes faz parte da estratégia para dar a maior visibilidade possível à greve geral. “São metroviários, condutores, aeroviários, portuários e outras categorias do setor, que é estratégico. O transporte tem importância muito grande, pois chama a atenção de todas as pessoas para o debate que está acontecendo no Congresso”, ressaltou Juruna.

Além das reformas previdenciária e trabalhista, os sindicalistas vão incluir na pauta da greve a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que cria um teto de gastos para os governos. “O slogan é ‘nenhum direito a menos’ e com a decisão de hoje o movimento se encaminha para a greve geral”, disse Julio Turra, diretor executivo da CUT.

Participaram também da reunião no Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em São Paulo, representantes de todas as demais centrais sindicais exceto a Conlutas, ligada do PSTU.

Nesta terça-feira, cerca de mil manifestantes, de acordo com a contagem de Juruna, reuniram-se em frente à regional do Banco Central (BC), na Avenida Paulista, e protestaram por pouco mais de uma hora contra a elevada taxa básica de juro (Selic).

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