Governo do tiranete Nicolás Maduro e oposição venezuelana iniciam diálogo na Isla Margarita

(R. Schemidt - AFP)
(R. Schemidt – AFP)

O governo do ditador venezuelano Nicolás Maduro e os principais grupos de oposição iniciaram no domingo (31) um novo diálogo para tentar buscar soluções para a crise política e econômica que assola o país sul-americano.

A chamada mesa para o diálogo é composta por uma delegação do governo, que inclui o presidente Nicolás Maduro e estafetas do regime cubano, e cinco representantes da aliança de oposição Mesa da Unidade Democrática (MUD), com intermediação de representantes da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e do Vaticano. O partido opositor Vontade Popular (VP) recusou-se a participar das conversações.

Maduro diz que aceitou dialogar com o intuito de “escutar, e tomara ser escutado”, para “buscar pontos comuns em função dos interesses das grandes maiorias”.

“Quero manifestar perante o representante do papa Francisco, como o fiz há poucos dias em Roma, meu agradecimento e compromisso absoluto como presidente da República e líder do Movimento Bolivariano e Revolucionário da Venezuela com este processo de diálogo”, afirmou Maduro.

O prelado italiano Claudio Maria Celli, que representa o Vaticano, disse que o papa está “profundamente preocupado” com a situação na Venezuela e pediu que ambas as partes dialoguem com seriedade para gerar os “sinais autênticos” que a população espera.


Antes da reunião, os principais partidos da aliança de oposição – Ação Democrática (AD), Primeira Justiça (PJ) e Um Novo Tempo (UNT), além do Vontade Popular (VP) – divergiram sobre os termos para aceitar a participação no diálogo, o que levou a VP a se retirar do processo.

O VP, do líder opositor Leopoldo López, exigia, entre outras reivindicações, a libertação de 13 presos políticos. Os demais partidos da MUD afirmaram que aceitaram participar após receberem o convite do Vaticano “para avançar na formação de um espaço de diálogo” e buscar soluções para a crise que o país atravessa.

No encontro, governo e oposição decidiram criar quatro grupos de trabalho sobre os temas soberania, reparação das vítimas, cronograma eleitoral e situação econômica, a serem coordenados pelos mediadores da Unasul e do Vaticano. A próxima reunião da mesa para o diálogo será no dia 11 de novembro.

Que ninguém caia na esparrela de Nicolás Maduro, que só aceitou participar do diálogo no momento em que percebeu que a “corda estava esticada” e que sua derrubada era uma questão de tempo. Orientado pelos facinorosos irmãos Raúl e Fidel Castro, que têm em Caracas um batalhão de agentes infiltrados, o presidente venezuelano quer apenas ganhar tempo para manter o país sob um regime totalitarista e truculento. (Com agências internacionais)

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