Incorrigível, Gleisi quer levar ao Senado estudante que discursou a favor das invasões de escolas do PR

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A senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR) não desiste. Seu partido foi esmagado pelo eleitor nas urnas e transformado em legenda nanica, mas isso parece que não abala a existência da petista flagrada no Petrolão, o maior escândalo de corrupção de todos os tempos, e que é alvo, ao lado do marido, da Operação Custo Brasil, que investiga esquema criminoso que surrupiou mais de R$ 100 milhões de servidores federais, inclusive aposentados.

Gleisi está planejando um ato isolado para atacar o governo de Michel Temer (PMDB). A ideia é usar a adolescente Ana Júlia que conquistou seus quinze minutos de fama a discursar na Assembleia Legislativa do Paraná a favor das invasões de escolas. Ana Júlia declarou que as invasões são apartidárias, mas escondeu que é filha de Júlio César Ribeiro, petista fanático filiado ao partido desde 2002 e ligado à senadora.

Sem nenhum constrangimento por conta dos escândalos de corrupção envolvendo ela e o marido, Gleisi continua querendo ditar regras morais para o mundo. A senadora acredita que usar a adolescente esquerdista é uma forma de começar a renovar o PT, que foi trucidado nas últimas eleições municipais. Para atingir esse objetivo, a parlamentar insiste na mentira de que Ana Júlia e as invasões de escolas, que deixaram centenas de milhares de alunos sem aula e ameaçam as provas do Enem, são “apartidárias”.

“[Ana Júlia] também rechaçou, com muita convicção, as insinuações de que os estudantes estariam sendo manipulados pelos partidos de esquerda”, escreveu Gleisi em mais um dos seus pífios e desconectados artigos, que traz trechos da fala da estudante, como, por exemplo: “É um insulto aos estudantes e aos professores sermos chamados de doutrinados, não queremos que seja formado um exército de não pensantes em que se ouve e se abaixa a cabeça”.


“Os estudantes secundaristas estão sendo a vanguarda na luta contra todas essas medidas que Temer, depois de derrubar uma presidenta legitimamente eleita, se acha no direito de impor à sociedade brasileira”, grafou a petista no artigo que mostra de forma clara como o Paraná errou ao elegê-la ao Senado.

O movimento “apartidário” a que Ana Júlia está vinculada é comandado por pelo menos dois partidos: PCdoB e PT. Os estudantes conseguiram tumultuar as eleições ocupando escolas que são usuais postos de votação. No Paraná as invasões já resultaram em uma morte, a do estudante Lucas Araújo da Mota.

Apesar das enfáticas declarações de Ana Júlia, que garante que as escolas invadidas vivem clima de normalidade, o estudante morreu esfaqueado por um colega de 17 anos depois de uma sessão de drogas pesadas. Denúncias que chegam seguidamente à imprensa do Paraná dão conta que as escolas também são palco de orgias sexuais e outras bizarrices.

Contudo, esse cenário certamente parece normal para alguém que nomeou um pedófilo condenado a mais de cem anos de prisão a cargo de confiança na Casa Civil. Eduardo Gaievski, o monstro sexual que estuprou dezenas de vulneráveis, foi assessor especial de Gleisi e incumbido de comandar os programas do governo federal para crianças e adolescentes, no melhor estilo “raposa no galinheiro”.

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