Vítima primeira da crise, produção de veículos no Brasil registrou queda de 15,1% em outubro

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Quando o planeta enfrentou uma sequência de solavancos por conta da crise do subprime (2008-2009), o então presidente Lula enxergou, de forma míope, uma oportunidade de elevar sua popularidade. No rastro de uma fórmula irresponsável e suicida, o ex-metalúrgico reduziu impostos, impulsionou o crédito fácil e empurrou os brasileiros desavisados na vala do consumismo. Tudo sem a geração real de riqueza individual.

Um dos setores que mais se beneficiaram com a sandice petista foi a indústria automotiva, que vendeu carros como “nunca antes na história deste país”. O sonho de ter um carro novo na garagem, estratégia de Lula para vender a ideia de que era o salvador dos pobres, durou por alguns anos, até estourar a bolha em que se transformou a política econômica da era petista. E depois do estouro veio a tragédia.

De maneira inexplicável, as montadoras de automóveis caíram na esparrela de Lula, como se a política econômica do PT fosse a maior descoberta do milênio. O Tempo passou e Dilma Rousseff não conseguiu esconder a verdade. A crise econômica surgiu com força e a indústria automobilística viu os números despencarem. Movimento que dura até hoje.


De acordo com a Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), em outubro a produção de veículos no Brasil registrou queda de 15,1%, na comparação com o mesmo mês de 2015. No décimo mês do ano foram montados 174.150 carros, comerciais leves, caminhões e ônibus, contra 205,1 mil no mesmo mês do ano passado. O volume de outubro é 2,3% superior ao verificado em setembro deste ano, com 170.304, mas esse suspiro ainda não é motivo de comemoração.

No acumulado deste ano, de janeiro a outubro, a indústria automotiva verde-loura produziu 1,73 milhão de unidades, o que representa queda de 17,7% em relação aos 2,1 milhões de veículos produzidos no mesmo período de 2015.

O resultado do setor é o pior para o mês de outubro desde 2003 (primeiro ano da era Lula) e também para o acumulado nos dez primeiros meses do ano, de acordo com a Anfavea.

O encolhimento na produção acompanha o recuo de 17,2% nos licenciamentos novos, na comparação com o mesmo mês do ano passado, e de 0,6% sobre setembro. No acumulado do ano, a diferença nas vendas chega a -22,3%, o que levou o mercado aos patamares de 2006.

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