Diretor jurídico do Corinthians pede demissão e aumenta crise política no Parque São Jorge

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Na última sexta-feira (18), o diretor de negócios jurídicos do Corinthians, Rogério Mollica, pediu demissão do cargo. É mais um integrante da direção do alvinegro que deixa o clube em meio à crise política que ameaça o mandato do presidente Roberto de Andrade.

De acordo com informações, a saída de Mollica se deu no vácuo da decisão do clube de terceirizar questões jurídicas referentes ao estádio em Itaquera. É importante destacar que o Corinthians contratou o escritório Molina & Reis para comandar uma auditoria para identificar problemas, estruturais e documentais, na construção da arena em Itaquera. Esse escritório tem ligação com um amigo de Andrés Sanchez, ex-presidente do clube.

Rogério Mollica assumiu o departamento jurídico do Corinthians logo após a posse de Andrade, em fevereiro do ano passado. Antes, foi assessor de assuntos sociais e secretário do Conselho Deliberativo, mas há anos trabalhava no Parque São Jorge.


O jurídico é mais um departamento a perder diretor, na conturbada gestão de Roberto de Andrade. No futebol, o diretor Eduardo Ferreira, muito próximo a Andrés, deixou o cargo em outubro por discordar da contratação do técnico Oswaldo de Oliveira.

Em julho, Marcos Chiarastelli, diretor financeiro e responsável pelo dia a dia das finanças do clube, também deixou o cargo. O departamento de marketing também teve as saídas dos diretores Marcelo Passos e Mauricio Jacob. Roberto de Andrade também está afastado de seus dois vices, André Luiz de Oliveira, o André Negão, e Jorge Kalil. A ruptura é principalmente com este último.

Andrade é investigado de fraude fiscal, por supostamente ter assinado documentos como presidente do Corinthians dois dias antes de vencer a eleição e assumir o posto, em fevereiro. O caso foi revelado pela “Época”, mas o presidente do Timão nega.

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