Forças sírias retomam área estratégica de Aleppo, cidade devastada pelo ditador Bashar al-Assad

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As Forças Armadas sírias e as milícias aliadas retomaram nesta segunda-feira (28) o controle de um importante distrito do leste de Aleppo, ação que é considerada o maior revés imposto aos rebeldes desde 2012 na cidade.

De acordo com a organização Observatório Sírio dos Direitos Humanos, que monitora o conflito no país árabe, o avanço sobre o distrito de Al-Sakhour divide a área controlada pelos rebeldes em duas, cortando os canais de comunicação entre ambas.

Cerca de 10 mil pessoas foram forçadas a abandonar a região. Seis mil civis fugiram para o distrito de Sheikh Maqsoud, controlado por forças curdas, enquanto um grande número de pessoas seguiu para as áreas controladas pelo governo.

A emissora estatal de televisão confirmou, citando fontes militares, que o Exército e seus aliados tomaram completamente a região, antes o maior bastião urbano das forças rebeldes, e trabalham para retirar minas terrestres do local.


Segundo o diretor do Observatório, Rami Abdulrahman, nos últimos dias as tropas do governo apoiadas por milícias xiitas expulsaram os rebeldes de uma área correspondente a 30% do território antes controlado pelos rebeldes.

O leste de Aleppo foi arrasado durante quatro anos por intensos combates e pelos bombardeios das forças do governo e seus aliados, inclusive internacionais, que atingiram diversas áreas civis.

Segundo a organização Médicos sem Fronteiras (MSF), 250 mil civis encontravam-se sitiados na região, enfrentando escassez de alimentos, medicamentos e combustíveis. Mais de 225 civis, incluindo 27 crianças, morreram desde o início da ofensiva do governo no leste de Aleppo, no dia 15 de novembro.

O conflito na Síria, que começou como revolta popular em 2011, transformou-se em complexa guerra civil envolvendo Rússia, Irã e Turquia, além de uma série de milícias de diversas etnias e grupos religiosos, resultando no maior fluxo de refugiados para a Europa desde a Segunda Guerra Mundial. (Com agências internacionais)

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