Morte de suspeito de atentado terrorista em feira de Berlim encerra caçada humana na Europa

anis_amri_1001

Principal suspeito pelo atentado à feira natalina em Berlim, o tunisiano Anis Amri foi morto durante um tiroteio com policiais na cidade de Sesto San Giovanni, nos arredores de Milão, informaram nesta sexta-feira (23) autoridades italianas, confirmando notícia divulgada pela imprensa local minutos antes.

Impressões digitais confirmaram a identidade de Amri “sem sombra de dúvida”, afirmou o ministro italiano do Interior, Marco Minniti, durante entrevista à imprensa em Roma. O tunisiano era o homem mais procurado da Europa desde a última terça-feira (20), horas depois do atentado, e sua morte encerra uma busca que já entrava no quarto dia.

De acordo com as autoridades italianas, Amri foi parado entre 3h e 3h30 (horário local) por dois policiais em um controle de documentos próximo à estação ferroviária de Sesto San Giovanni. Ele estava caminhando sozinho perto da estação de trem e, ao ser abordado, sacou uma arma calibre 22 e feriu um dos policiais no ombro. O outro policial então disparou contra ele, matando-o a tiros. O policial ferido foi levado a um hospital e não corre risco de vida.

Segundo o chefe da polícia antiterrorismo, Alberto Nobili, no corpo de Amri foi encontrada uma passagem de trem que pode ajudar a reconstruir os movimentos dele: ele pegou um trem em Chambéry, na França, e foi para Turim, de onde se deslocou para a região de Milão, onde chegou por volta da 1h.


Amri foi morto por um policial de 29 anos que estava em período probatório. O policial estava acompanhado de um colega de 36 anos, baleado em um dos ombros pelo foragido e levado para um hospital em Monza. O chefe da polícia local, Antonio de Iesu, disse que os agentes não sabiam que Amri estava na Itália. “Não tínhamos informação de que ele pudesse estar em Milão”, disse.

O suspeito morou durante vários anos na Itália, onde também cumpriu pena de prisão por atear fogo em um edifício. Esse episódio ocorreu antes de o terrorista ir para a Alemanha, em julho de 2015. O tunisiano solicitou refúgio no país, mas o pedido foi negado em junho de 2016. Anis Amri não foi deportado por questões burocráticas, mas recebeu as autoridades alemãs o status de “tolerado”.

O ataque à feira de Natal do bairro Charlottenburg, no setor ocidental de Berlim, na noite da última segunda-feira (19), deixou 12 pessoas mortas e mais de 50 feridos, alguns em estado crítico. Um caminhão, supostamente conduzido por Amri, avançou sobre as barracas da feira. (Com agências internacionais)

apoio_04