Mais 1,5 milhão de britânicos rejeitam visita do trapalhão Donald Trump

donald_trump_1020

A situação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, piora com o passar das horas após a polêmica e equivocada medida que proíbe o ingresso no país de pessoas oriundas do Iêmen, Irã, Iraque, Líbia, Somália, Síria e Sudão.

Além das inúmeras críticas de governantes e líderes políticos de vários países, como também dos EUA, um abaixo-assinado que pede o cancelamento de uma planejada visita Trump ao Reino Unido superou a marca de 1,5 milhão de assinaturas nesta segunda-feira (30).

“Trump não deveria ser convidado para uma visita de Estado oficial, porque isso causaria constrangimento à rainha”, destaca o documento. “A misoginia e a vulgaridade de Donald o desqualificam-no para ser recebido pela monarca”, reforça o texto.

O abaixo-assinado será debatido no Parlamento britânico por ter ultrapassado a marca de 100 mil assinaturas. O número mínimo foi alcançado em poucas horas no último final de semana, repercutindo um veto temporário a cidadãos de sete países de maioria muçulmana assinado por Trump na sexta-feira (27). Petições parlamentares podem ser assinadas por qualquer pessoa com residência no Reino Unido.

Partidos da oposição britânica também pediram que o governo não receba o líder norte-americano. A Anistia Internacional convocou para esta segunda-feira manifestações contra a política migratória de Trump em nove cidades do Reino Unido, incluindo Londres, Manchester e Liverpool.


“Aliança importante”

Durante reunião com o presidente americano em Washington na última sexta-feira, a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, convidou Trump para visitar Londres até o fim deste ano e ser recebido pela rainha Elizabeth II.

Apesar das críticas da população, um porta-voz do governo de May disse que o convite foi “feito e aceito” por Trump e que não será cancelado. É preciso aguardar a decisão do parlamento britânico, pois Theresa May não é dona da última palavra.

De acordo com fontes do governo britânico, cancelar a visita seria um “gesto populista”. Essa alegação surge à sombra de uma visão distorcida da realidade, pois a medida viola a democracia americana e principalmente a Constituição do país.

Os Estados Unidos são um “aliado importante” e é preciso “pensar a longo prazo”, integrantes do governo britânico, que no rastro do Brexit não podem perder um aliado comercial importante, como os EUA, por isso não se incomoda em atentar contra o bom senso e a lógica.

Entre os assuntos discutidos por Trump e May na Casa Branca, um acordo comercial entre amos os países após o Reino Unido deixar a União Europeia foi o ponto alto da pauta.

No mesmo dia, Trump vetou a entrada nos EUA e a concessão de vistos para cidadãos com passaportes da Líbia, Sudão, Iraque, Somália, Síria, Iêmen e Irã por um período de 90 dias. Além disso, o republicano suspendeu a entrada de refugiados nos Estados Unidos por 120 dias.

Com decisão da Justiça norte-americana que derrubou parte da ordem executiva, Donald Trump recuou e acionou assessores para declarações que pudessem minimizar o estrago. (Com agências internacionais)

apoio_04