“Embaixador” da Bombril, Carlos Moreno não é mais o garoto-propaganda da fabricante de palha de aço

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Garoto-propaganda recordista do Guinness Book por mais tempo de permanência no ar, o ator Carlos Moreno não faz mais parte dos planos de comunicação da Bombril. A empresa, que ganhou notoriedade com a fabricação e comercialização de palha de aço, ingressou em seara de dificuldades financeiras desde um bambolê na própria direção.

Representando a imagem da Bombril desde 1978, Moreno foi mais uma vítima dessa débâcle que há muito causa preocupação no mercado financeiro, com notícias e especulações de todos os naipes.

Ao jornalista Daniel Castro, do site “Notícias da TV”, Carlos Moreno desabafou: “O contrato estava para acabar e a Bombril passava por uma situação complicada. Fizeram cortes bem malucos em toda a empresa, inclusive na área de publicidade. Até me fizeram uma proposta de renovação, mas era meio absurda. Então chegamos num consenso: já que não estava sendo aproveitado, não tinha nenhuma perspectiva de trabalhar, não fazia sentido eu continuar contratado. No futuro, se tiver interesse, a gente volta a trabalhar junto com o maior prazer.”


Na primeira e longa etapa do contrato com a Bombril, Moreno ficou no ar até 2004 (26 anos), sem interrupções. Depois de dois anos afastado, voltou em 2006. O ator estima ter participado de mais de 400 campanhas da Bombril, entre produções para a TV e fotos.

Ele estreou no mundo da publicidade em 1977, quando o publicitário Washington Olivetto contratou-o para fazer o papel de um funcionário da Bombril. Diz ter ficado “chateado” quando passou a ser substituído. “Não vou negar que fiquei chateado, eu adorava fazer o trabalho. Mas era uma proposta da empresa de mudar a comunicação, então eu tive que aceitar. Depois, quando tive a chance de trabalhar com elas, adorei as três, me diverti bastante. Eu entendo que nada é eterno. A vida inteira fui consciente de que as campanhas terminariam. Passei o bastão para as meninas e elas trabalharam lindamente”, garante.

Por outro lado, no universo dos palcos, Carlos Moreno ficou em cartaz nos últimos anos com o espetáculo Florilégio Musical, com direção de Elias Andreato e direção musical de Jonatan Harold. A peça foi indicada ao Prêmio Shell em 2014.

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