Gleisi confunde a CCJ com picadeiro e protagoniza espetáculo deprimente ao arguir Alexandre de Moraes

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Escalada para ser uma espécie de “kamikaze comunista” para tentar salvar o lulopetismo, que está a derreter na esteira do avanço da Operação Lava-Jato, a senadora Gleisi Helena Hoffmann é o que há de mais deletério à política nacional.

Acusada de corrupção por sete delatores do Petrolão e ré pelo mesmo crime em processo resultante da Operação Lava-Jato, em tramitação no Supremo Tribunal Federa (STF), Gleisi parece não se avexar com os pífios espetáculos que protagoniza. E agarra-se ao “vale tudo” como forma de não ser dragada pela insipiência parlamentar.

Senhora de política questionável, até porque quem nomeia um pedófilo a cargo de confiança não merece respeito, Gleisi Helena, decidiu, como sempre, destilar pílulas de moralidade ao inquirir Alexandre de Moraes na sabatina que acontece na CCJ do Senado. A senadora petista tentou intimidar o indicado ao STF com perguntas rasteiras, as quais recheiam um discurso esquerdista escrito a várias mãos e com tinta vermelha.

Depois de elogiar o escritor petista Raduan Nassar, que há dias proporcionou cena patética ao receber o Prêmio Camões de literatura, Gleisi disse que a democracia brasileira foi golpeada, apenas porque a patuleia não aceita cumprir a Constituição, assim como rejeita as punições decorrentes.

A ousadia de Gleisi é proporcional à sua desfaçatez, por isso a parlamentar paranaense, que corre o sério risco de não se reeleger em 2018, questionou se o indicado ao STF se declarará impedido caso tenha de opinar em julgamentos envolvendo os crimes cometidos no âmbito da Operação Lava-Jato. Um questionamento chicaneiro e desnecessário, pois o sabatinado não cometerá a insanidade de negar imparcialidade.


A senadora parece sofrer de amnésia de conveniência, pois o “companheiro” Dias Toffoli, que concedeu habeas corpus em favor de Paulo Bernardo da Silva (marido de Gleisi e preso na Operação Custo Brasil), participou, no STF, dos julgamentos dos processos relativos ao Mensalão do PT, o primeiro grande escândalo de corrupção da era petista, uma espécie de “avant-première” do Petrolão. Em outras palavras, Toffoli e Gleisi são frutos do mesmo balaio.

Não obstante, Gleisi Helena foi adiante com sua investida sensacionalista e questionou o sabatinado sobre os manifestos contrários à sua indicação ao STF. A senadora disse que estudantes da Faculdade de Direito da USP reuniram 278 mil assinaturas contra a indicação de Moraes, que também foi criticado por entidades de juristas. A parlamentar só não disse que esses contrários à indicação de Alexandre de Moraes são, em sua maioria, esquerdistas de carteirinha.

O mais interessante nesse espetáculo circense encenado por Gleisi é que 270 mil assinaturas são suficientes para barrar a indicação de alguém a vaga no Supremo, mas alguns milhões de brasileiros a favor do impeachment de Dilma Rousseff é golpe.

Gleisi deveria dedicar-se com mais afinco à própria defesa, pois o tempo urge e a Justiça terá de ser célere no caso da Lava-Jato. O que significa que o caminho que leva à condenação está encurtando. Ainda sem explicar as acusações de que recebeu R$ 1 milhão em propina do esquema criminoso que funcionava na Petrobras, a senadora acredita ser uma ode ao moralismo.

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