Lula, Dilma e Mercadante precisam explicar o milagre que permite custear criminalistas caros e badalados

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Para o infortúnio da sociedade brasileira, a grande imprensa, ao noticiar os solavancos do cotidiano político, limita-se aos fatos em si, sem arriscar qualquer avanço além na seara de assuntos correlatos e mais importantes e sérios.

Há dias, a Polícia Federal concluiu inquérito, no âmbito da Operação Lava-Jato, em que Luiz Inácio da Silva, Dilma Vana Rousseff e Aloizio Mercadante Oliva são acusados de obstrução de Justiça. No caso dos dois ex-presidentes, o crime advém da manobra escandalosa de transformar o ex-metalúrgico em chefe da Casa Civil da Presidência, como forma de, à época, sair do radar do juiz Sérgio Moro, responsável na primeira instância do Judiciário pelos processos resultantes da Lava-Jato.

Em relação a Mercadante, a PF concluiu que o então ministro da Educação, que antes havia comandado a Casa Civil, incorreu no crime de tráfico de influência ao tentar impedir a delação do outrora senador Delcídio Amaral, à época líder do governo Dilma no Senado Federal. Mercadante foi gravado Eduardo Marzagão, então assessor de Delcídio, durante conversa em que o petista teria oferecido ajuda em troca do silêncio do senador.

Repetindo o que vem ocorrendo no escopo da Lava-Jato desde a deflagração da operação, Lula, Dilma e Mercadante, por meio de seus advogados, declararam-se inocentes, apesar das provas incontestáveis recolhidas pelos investigadores. Como, segundo a Constituição, ninguém é obrigado a produzir prova contra si, o trio pode continuar faltando com a verdade.

Até este ponto não há novidade alguma no mafuá envolvendo a trinca petista, mas um detalhe chama a atenção dos mais detalhistas e que acompanham os desdobramentos da Lava-Jato com lupa na mão: o naipe dos advogados que estão a defender a quadrilha do Petrolão.

Lula, comandante do maior e mais ousado esquema de corrupção da história da Humanidade, na melhor das hipóteses recebe mensalmente R$ 30 mil, em valores brutos, entre aposentadoria e salário de presidente de honra (sic) do Partido dos Trabalhadores. Mesmo assim, o ex-metalúrgico é defendido por um grupo de advogados, que na proa tem o conceituado criminalista José Roberto Batochio, cujos honorários, no caso em questão, gravitam na órbita dos milhões de reais. Criminalistas renomados, consultados pelo UCHO.INFO, afirmaram que uma defesa desse gabarito não sai por menos de R$ 5 milhões, com direito a correções de valores de acordo com o andamento das ações penais.


Apeada da Presidência da República por crime de responsabilidade e por causa das malfadadas pedaladas fiscais, Dilma Rousseff, dias antes de retornar à capital gaúcha, reclamava da pensão de R$ 5 mil, valor insuficiente, segundo a petista, para sobreviver. Pois bem, Dilma tem como advogado, no caso em questão, o badalado criminalista Alberto Zacharias Toron, que assim como outros profissionais que atuam na seara do Direito Penal não trabalham de graça.

Aloizio Mercadante, o irrevogável, não deixou por menos. Desde o fim da desastrosa era petista na Esplanada dos Ministérios, Mercadante recolheu-se ao ostracismo, poupando a opinião pública de devaneios e da sua conhecida empáfia. Se Aloizio Mercadante está a trabalhar e faturando alto não se sabe, mas, mesmo que isso seja fato consumado, seus ganhos são insuficientes para bancar uma defesa capitaneada pelo badalado criminalista Pierpaolo Bottini, que também defende Claudia Cruz, mulher do deputado cassado Eduardo Cunha.

O PT tornou-se, ao longo dos anos, uma verdadeira usina de especialistas em milagre da multiplicação. Haja vista a situação dos “camaradas” José Dirceu, Antonio Palocci Filho e João Vaccari Neto. Ex-chefe da Casa Civil do primeiro governo Lula, Dirceu, que foi condenado à prisão no Mensalão do PT, está preso na esteira da Lava-Jato desde agosto de 2015. Portanto, nesse período o ex-comissário palaciano está sem trabalhar e, por consequência, sem arrecadar o vil metal. Mesmo assim, Dirceu é defendido pelo criminalista Roberto Podval, considerado um dos mais caros do País.

Ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto foi preso na Lava-Jato em 15 de abril de 2015, o que permite concluir que desde então o petista está sem faturar. Apesar desse detalhe, Vaccari entregou sua defesa a um dos mais conceituados criminalistas brasileiros, Luiz Flávio Borges D’Urso, ex-presidente do capítulo paulista da OAB.

Situação idêntica vive Antonio Palocci, preso em 24 de outubro de 2016 por determinação do juiz Sérgio Moro e também sem trabalhar desde então. A exemplo dos companheiros, Palocci não pensou duas vezes em entregar sua defesa ao renomado criminalista José Roberto Batochio, que, como mencionado acima, defende Lula o âmbito da Lava-Jato.

Há muito o UCHO.INFO cobra explicações de Dirceu, Vaccari e Palocci sobre a origem do dinheiro utilizado para custear criminalistas de peso, mas até agora não obtivemos resposta. O máximo que conseguimos foram alguns recados transversos, transmitidos por terceiros, de que nossas matérias jornalísticas estavam atrapalhando os negócios de alguns desses advogados.

Mesmo diante da ausência de resposta, este portal não abre mão de cobrar de Lula, Dilma e Mercadante a mesma explicação. Onde está a brotar o dinheiro usado para custear defesas milionárias, sendo que no caso de Lula a atuação dos advogados é pirotécnica e com direito a incursões em Nova York e Genebra. Enfim…

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