Lava-Jato: pelo menos cinco ministros de Temer constam dos pedidos de investigação enviados ao STF

Os 83 pedidos de investigação enviados pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF) estão sob sigilo, como determina a legislação, mas alguns nomes da lista já vazaram à imprensa.

Como esperado, ministros do governo do presidente Michel Temer estão no rol de pedidos da PGR: Eliseu Padilha (Casa Civil), Wellington Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência), Bruno Araújo (Cidades), Gilberto Kassab (Ciência e Tecnologia e Comunicações) e Aloysio Nunes Ferreira Filho (Relações Exteriores).

Também constam da relação os nomes de Eunício Oliveira (PMDB-CE), presidente do Senado; Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados; Renan Calheiros (PMDB-AL), líder do partido no Senado; Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado; e os senadores Edison Lobão (PMDB-MA), José Serra (PSDB-SP) e Aécio Neves (PSDB-MG), e os petistas Lula, Dilma ROusseff, Guido Mantega e Antonio Palocci Filho.


Os pedidos de investigação enviados ao STF decorrem das delações premiadas de 77 executivos, ex-dirigentes e funcionários do Grupo Odebrecht, que em dezembro passado prestaram ao menos 950 depoimentos à força-tarefa da Operação Lava-Jato.

Entre os delatores do acordo de colaboração premiada coletivo firmado pelo grupo estão Emílio e Marcelo Odebrecht – pai e filho, respectivamente -, que às autoridades detalharam o esquema de pagamento de propinas a políticos e autoridades, operação que teve o caixa 2 como rota de passagem do dinheiro sujo.

Em nota divulgada nesta terça-feira (14), a PGR informou que Rodrigo Janot solicitou ao relator da Lava-Jato no STF, ministro Luiz Edson Fachin, o levantamento do sigilo dos documentos, “considerando a necessidade de promover transparência e garantir o interesse público”.

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