Polícia britânica acredita que terrorista do atentado a Ponte de Westminster, em Londres, agiu sozinho

A polícia antiterrorismo de Londres afirmou, no domingo (26), acreditar que o homem que matou quatro pessoas em atentado próximo ao Parlamento, na região da Ponte de Westminster, agiu sozinho. Batidas policiais realizadas em diversos locais resultaram resultou em pelo menos onze detenções, porém apenas dois homens, de 58 anos e 27 anos, permanecem sob custódia das autoridades britânicas, com base no Decreto Antiterrorismo. Ambos foram presos na cidade de Birmingham.

Segundo o vice-comissário da Polícia Metropolitana, Neil Basu, não há dados de inteligência sugerindo que outros ataques estejam sendo planejados. “Nós ainda acreditamos que Khalid Masood agiu sozinho naquele dia. No entanto estamos determinados a entender se ele foi um agente solitário inspirado pela propaganda terrorista, ou se outros o encorajaram, apoiaram ou comandaram.”

A polícia está investigando notícias da mídia, segundo as quais pouco antes do atentado Masood teria consultado, ou até mesmo enviado mensagem pelo serviço Whatsapp de mensagens codificadas. Caso confirmado, a tese de que o terrorista agiu sozinho cai por terra.


Por outro lado, Basu a dificuldade para compreender os motivos que levaram o criminoso a perpetrar o ataque. “Precisamos todos aceitar a possibilidade de que nunca vamos entender por que ele fez isso. Essa explicação pode ter morrido com ele”, disse o oficial da política londrina.

Nascido Adrian Russell Ajao no sudeste da Inglaterra e morador de Birmingham, o muçulmano de 52 anos lançou o automóvel que dirigia contra transeuntes na Ponte de Westminster, na tarde da última quarta-feira, matando três. Antes de ser abatido a tiros, ele ainda esfaqueou mortalmente um policial. O incidente durou apenas 82 segundos, ao todo.

A organização jihadista “Estado Islâmico” (EI) assumiu a responsabilidade pelo atentado, mas a reivindicação demorou muito. O que provoca suspeitas do envolvimento indireto do grupo terrorista que tenta implantar um califado em parte da Síria e do Iraque. Mesmo assim, os investigadores buscam pistas de que Masood agiu assessorado por cúmplices.

A embaixada saudita no Reino Unido comunicou, na última sexta-feira (24), que ele teria ensinado inglês na Arábia Saudita por dois períodos de um ano, a partir de novembro de 2005 e de abril de 2008, respectivamente. (Com agências internacionais)

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