Explosão no metrô de São Petersburgo deixa 10 mortos e 50 feridos; nenhum grupo reivindicou atentado

Uma explosão ocorrida no trecho entre duas estações do metrô de São Petersburgo, na Rússia, nesta segunda-feira (3), deixou ao menos 10 mortos e 50 feridos, informou o porta-voz da prefeitura local, Andrei Kibitov.

O presidente russo, Vladimir Putin, está em São Petersburgo para um encontro com o presidente da Bielo-Rússia e comentou o caso, ocasião em que expressou condolências às famílias das vítimas.

Putin disse que já conversou com os responsáveis pelos serviços de segurança no país, estão empenhados em buscar as causas da explosão. “O motivo ainda não está claro. Vamos considerar todas as possibilidades, desde terrorismo até um crime comum”, afirmou o presidente russo.

De acordo com o Comitê Nacional Antiterrorismo russo, o artefato explosivo ainda não identificado e foi detonado quando o trem percorria o trajeto entre as estações “Sennaya Ploschad” e “Tekhnologitchesky Institut”, em uma das linhas metroviárias de São Petersburgo.


Autoridades do país determinaram o imediato do metrô de São Petersburgo após a explosão, diante da possibilidade de ocorrerem novos atentados, já que Putin permanece na cidade.

O vice-prefeito de Moscou, Maxim Liksutov, disse á agência de notícias russa Interfax que as autoridades reforçaram as medidas de segurança no metrô da capital russa depois da explosão em São Petersburgo, também por causa do receio de um efeito cascata por parte dos terroristas.

Por enquanto nenhum grupo terrorista reivindicou a autoria do atentado, mas não se deve descartar a ação do autointitulado “Estado Islâmico”, já que o Kremlin apoia há muito o governo do ditador Bashar al-Assad na guerra civil síria que já dura mais de seis anos.

O EI participa em um dos flancos da guerra na esperança de instalar em parte da Síria um califado regido pelo radicalismo, como forma de empanar o viés criminoso do grupo.

Por outro lado, cresce na Rússia os movimentos de oposição a Vladimir Putin, que vem reagindo com violência e totalitarismo aos manifestantes que têm saído às ruas do país para protestar contra o governo. Isso significa que é preciso considerar a possibilidade de o atentado ter sido uma resposta dos opositores de Putin.

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