As origens dos cristãos coptas, mais antiga corrente do Cristianismo

No rastro dos atentados em duas igrejas no Egito, que deixaram 44 mortos e aproximadamente cem feridos, surgiu o termo “cristão copta”, que para muitos ocidentais é uma novidade. Porém, sempre atenta e precisa coluna Zeitgeist explica a origem dessa corrente do Cristianismo.

A Igreja Ortodoxa Copta é uma das igrejas cristãs mais antigas do planeta e a maior do nordeste da África e também do Oriente Médio. As estimativas sobre o número de adeptos variam muito. As do governo egípcio (cerca de 6 milhões no país) costumam ser bem menores do que as da própria igreja (mais de 20 milhões). Segundo o World Factbook da CIA são 18 milhões de fiéis em todo o mundo, dos quais entre 10 milhões e 14 milhões vivem no Egito.

Disputas à parte, certo é que a maior parte dos cristãos coptas vive no Egito. Copta, aliás, vem do árabe Gybti, que por sua vez vem do grego Aigyptioi, e significa justamente egípcio.

Os coptas acreditam que sua igreja foi fundada pelo evangelista Marcos em Alexandria, no ano 42. Por isso seu nome oficial é Igreja Copta Ortodoxa de Alexandria. Seu atual papa é Teodoro 2°, eleito em novembro de 2012 e o 118° patriarca de Alexandria, sucessor de Marcos, o primeiro papa.


A Igreja Ortodoxa Copta, bem como todas as igrejas ortodoxas orientais, afastou-se das demais igrejas cristãs em 451 por causa de uma disputa teológica envolvendo a natureza humana e divina de Jesus Cristo e que teve seu ponto alto no Concílio Ecumênico de Calcedônia.

Na vida cotidiana, muito mais do que a definição da natureza de Cristo, os coptas diferem de outros cristãos por viverem num país de maioria muçulmana. Eles reclamam de discriminação dentro da sociedade egípcia – por exemplo, em cargos públicos e no governo – e nos últimos anos são alvos frequentes de atentados terroristas.

Nos seus primórdios, a Igreja Copta experimentou um grande crescimento no Egito, que foi interrompido por volta do século VII pela expansão islâmica, iniciada depois da morte do profeta Maomé. O Egito se tornou um país majoritariamente muçulmano no fim do século 12.

Entre os aspectos curiosos da Igreja Ortodoxa Copta está o uso da língua copta, uma variante da língua falada pelos antigos egípcios, em algumas liturgias. Outra curiosidade é que os coptas celebram o Natal na noite de 6 para 7 de janeiro. (Zeitgeist)

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