Gleisi delira ao afirmar “com essa greve vamos derrubar as reformas, o governo e trazer Lula de volta”

Se há no Brasil pessoas que são a “fulanização” da ignorância política, a senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR) é a primeira da fila. Não bastassem a condição de ré por corrupção em ação penal no âmbito da Operação Lava-Jato, o fato de ter sido acusada por quase uma dúzia de delatores de receber propina do Petrolão e de estar sendo investigada juntamente com o próprio marido, o ex-ministro Paulo Bernardo da Silva (Planejamento e Comunicações), na Operação Custo Brasil, a senadora petista ousa apresentar-se como a versão feminina e tropical de Aladim, o folclórico gênio da lâmpada maravilhosa.

Dona de impressionante estupidez quando o assunto é política, Gleisi Helena vem aproveitando as escassas oportunidades para não sair de cena no vácuo do desmoronamento contínuo e homeopático do PT, legenda que acertadamente já foi comparada a uma organização criminosa. Aliás, depois de uma década de corrupção, os “companheiros” conseguiram provar que “O Poderoso Chefão”, obra-prima do escritor Mario Puzzo que ganhou as telas do cinema na condição de sucesso de bilheteria, não passou de coisa de amador.

Depois de seu partido arruinar a economia brasileira e ancorar o maior esquema de corrupção de todos os tempos, Gleisi está apostando na greve convocada para sexta-feira (28), em todo o País, como tábua de salvação política.

Preâmbulo do feriado prolongado do Dia do Trabalho, a paralisação está levando o petismo agonizante ao delírio desmedido. Em vídeo gravado na companhia do senador Lindbergh Faria (PT-RJ), outro político a afundar na lama putrefata da Lava-Jato, Gleisi prevê que a “greve geral” – movimento que ganhou adesão pela oportunidade chula de ampliar um feriado prolongado – poderá revolucionar o Brasil.

Gleisi e Lindbergh – integrantes do grupelho “jardim da infância” do impeachment de Dilma – estão certos de que a tal paralisação implodirá as necessárias reformas propostas pelo governo, começará a derrubada do governo de Michel Temer e representará o primeiro passo para trazer Lula de volta. Estabelece a Constituição Federal em seu artigo 5º, inciso IV, que “é livre a manifestação pensamento, sendo vedado o anonimato”.


Com base no que garante a Carta Magna, os senadores petistas podem dizer qualquer coisa, inclusive besteiras, mas é preciso reconhecer que Lula está muito mais próximo da carceragem da Polícia Federal do que do Palácio do Planalto.

Correndo o risco de em breve ficarem sem mandato, até porque os efeitos colaterais do Petrolão são implacáveis, Gleisi e Lindbergh parecem não se importar com a realidade. Por isso recorrem ao transtorno delirante para falsear a verdade, até porque considerável parcela do povo brasileiro tem vocação para ser enganado diuturnamente. Ameaçada pela iminente derrubada do canhestro foro privilegiado, a dupla petista corre o risco de em breve fazer companhia a outros “companheiros” que já contemplam o despontar do astro-rei de forma geometricamente distinta, o famoso sol quadrado.

A situação de Gleisi Helena é mais complexa que a de Lindbergh Farias, que lentamente vem sendo dragado pelos escândalos que brotam do Petrolão. A senadora paranaense, que aparece na lista de propinas da Odebrecht com o codinome “Amante” – quem criou a alcunha deve saber os motivos – tem um casamento que passa raspando no Código Penal. Além das estripulias de Gleisi, o marido foi apanhado (e preso) na Operação Custo Brasil sob a acusação de ter comandado um esquema criminoso que subtraiu mais de R$ 100 milhões de servidores federais e aposentados que recorreram a empréstimos consignados por meio do sistema Consist.

Sonhar não é crime e muito menos paga imposto, por isso é livre e necessário, mas delírio é sinal de desespero ou de alienação contumaz. Considerando a importância do Paraná como ente federado, os paranaenses devem estar arrependidos por ter mandado Gleisi Helena ao Senado. Sorte maior é que arrependimento não mata.

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