FHC, o tagarela ambulante

Ipojuca Pontes

FHC, o Tagarela – acusado de ter recebido “vantagens indevidas” do propinoduto da Odebrecht para financiar suas campanhas presidenciais -, entrou direto na Lista Fachin. Decoreba da charlatanice marxista, o ex-presidente (duas vezes), diante do adverso, adota deste sempre o modelo da genuína parolagem do político “gauche” (no duplo sentido da palavra). No entanto, mesmo refinado na arte de iludir, sofismar e fantasiar, a “dialética sem síntese” de FHC, a julgar pelo andar da carruagem, está dando com os burros n’água.

Por exemplo: no caso específico do uso das mencionadas “vantagens indevidas” (reconhecido urbi et orbi como puro e simples suborno), FHC, sem perder o ar professoral, apelou: “É preciso separar o joio do trigo. Uma coisa é a propina, outra é o caixa 2 puro. O caixa 2 não é crime, é um erro. Então, é preciso separar delitos diferentes”.

É dose. Mas entendam que deitando essa baba de quiabo, o vosso Tagarela-mor quer não só livrar a própria cara (de pau), mas, de igual modo, as dos parceiros Aécio Neves, o “Mineirinho”, e Zé Serra, o “Vizinho” – ambos untados pela grana suja da Odebrecht e atolados até os ossos nas investigações da Lava-Jato.

Já se disse que FHC e Lula – assim como PSDB e PT – são faces de uma mesma moeda (furada). Nada a discordar. Ambos, partidos e figuraças, navegam (e se afogam) nas mesmas águas turvas do socialismo (“científico” ou gramsciano, pouco importa), nos mesmos lamaçais de corrupção, nas similares urdiduras do embuste ideológico para manter o poder e o controle social em nome da “igualdade” e da “justiça social”, palavras indispensáveis para manipulação das massas aflitas.

Neste arreglo de serpentes, Lula, cangaceiro sem peias, representa a imagem do comunista primitivo e bárbaro. FHC, por sua vez, vendendo falso saber, interpreta o papel do comunista light, moderno, globalista.

Abrindo parêntese, convém lembrar o fato de que um ano antes de concluir o seu desastroso segundo mandato (para a conquista do qual corrompeu bom número de parlamentares), FHC reformou o Alvorada e chamou Lula para uns comes e bebes. No Palácio, o Tagarela introduziu o “bon vivant” (apud Golberi, seu protetor) no luxuoso banheiro da suíte presidencial e apontou as torneiras douradas do lavabo: – “Olhe, Lula, está vendo? Fiz esta reforma para você”.

Parafraseando Euclides da Cunha, autor do clássico “Os Sertões” (cerne da nacionalidade que ninguém mais lê), o Brasil esconde, para todo o sempre, vilanias espantosas.

Eis o fato: nos últimos anos, o presidente de honra do PSDB vem exercendo o papel de office boy do globalismo, projeto de controle mundial agenciado pela terceiro-mundista ONU e financiado pelas ONGs InterAmerican Dialogue e a Open Society Foundations, de George Soros, o mega especulador que, segundo denúncia comprovada da revista Executive Intelligence Review (EIR), lidera o ranking dos pesos pesados do narcotráfico internacional – o que talvez explique o fato de ser ele, Soros, um dos grandes acionistas da Vale do Rio Doce (reserva Carajás), a maior empresa mineradora do mundo, subavaliada e vendida a preço de banana no governo do socialdemocrata.

Com efeito, a agenda globalista para implosão do Estado Nacional encontrou em FHC, desde o primeiro reinado, um vassalo cioso – já enquanto presidente, desapropriou para ONGs vastidões de terras e bancou com bilhões de reais a malandragem virulenta do MST.
Tem mais: no repasse do programa globalista, introduziu a sanha das cotas raciais para acirrar o processo de lutas de classes que extingue o mérito e privilegia a cor da pele em detrimento do saber.

Por sua vez, na sua permissividade administrativa, além de elevar o déficit público aos cornos da lua, fez recrudescer a inflação, aviltando a moeda que diz ter criado, em cujo valor se apóia a soberania de uma nação.

Para completar, impôs a CPMF, o “imposto do cheque”, criado para “solucionar o problema da saúde”, repudiado em gênero, número e grau pela população, em especial quando se percebeu que o “problema da saúde” havia piorado e os “gastos sigilosos” com as mordomias de praxe estavam “bombando”.

Em países como China, Coreia do Norte, Coreia do Sul, Egito, Líbia etc., talvez FHC estivesse curtindo uma cana braba. Ou, quem sabe, como queria Jair Bolsonaro, no muro de fuzilamento próprio dos que cometem crimes de alta traição. No Brasil, somos diferentes, ou melhor: “excêntricos”. Agora mesmo criam-se esquemas judiciais para livrar o milionário Zé Dirceu da cadeia.

E FHC, o office boy do globalismo financiado por Soros, está cada vez mais falante na bulha pela liberação da droga, assunto do próximo artigo.

(*) Ipojuca Pontes, ex-secretário nacional da Cultura, é cineasta, destacado documentarista do cinema nacional, jornalista, escritor, cronista e um dos grandes pensadores brasileiros de todos os tempos.

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