Coreia do Norte pode estar por trás de ciberataque global, afirma jornal norte-americano

Funcionários dos serviços de informações dos Estados Unidos e especialistas do setor privado suspeitam que hackers da Coreia do Norte estejam por trás do ciberataque que afetou cerca de 300 mil computadores ao redor do planeta nos últimos dias, noticiou o jornal “The New York Times”.

O diário norte-americano informou que alguns dos códigos utilizados no ataque com o vírus WannaCry coincidem com os usados em ataques informáticos norte-coreanos anteriores, como o de 2014 à empresa Son. No entanto, isso não é uma prova definitiva do envolvimento de Pyongyang, já que qualquer hacker pode ter copiado o código, observou a publicação.

A empresa californiana de segurança de computadores Symantec identificou, em uma versão do WannaCry, o código dos ataques ao banco central de Bangladesh em 2016, a bancos poloneses no início do ano ou à Sony Pictures Entertainment em retaliação ao filme “The Interview”, uma sátira do líder norte-coreano, Kim Jong-un.


O ataque à Sony, em novembro de 2014, foi o maior já executado contra uma empresa americana e ocorreu na época do lançamento do filme.

De acordo com o “The New York Times”, funcionários dos serviços de informações americanos têm os mesmos indícios que a Symantec, e investigadores, tanto da empresa americana Google como da russa Kaspersky, confirmaram as semelhanças do código. No entanto, todos indicaram que a similaridade não é uma prova definitiva.

Simon Choi, diretor da empresa sul-coreana de segurança de redes Hauri, disse à agência de notícias AFP ter identificado, em 2016, sinais de que a Coreia do Norte estaria preparando ataques do tipo “ransomware” ou mesmo já teria começado a executá-los. Segundo ele, o alvo seriam empresas da Coreia do Sul.

A pequena Coreia do Norte é conhecida por manter um exército de milhares de hackers que operam tanto dentro do país como, aparentemente, na China e já foi várias vezes acusada de executar ataques cibernéticos. Segundo Choi, novos ataques deverão ocorrer, pois, “ao contrário de testes com mísseis ou nucleares, eles sempre podem negar envolvimento”. (Com agências internacionais)

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