Lava-Jato: MPF denuncia Lula no caso do polêmico sítio em Atibaia e deixa petista mais perto da derrocada

O ápice do calvário político de Luiz Inácio da Silva, o alarife Lula, há de se confirmar na esfera do escândalo que tem como pano de fundo o Sítio Santa Bárbara, em Atibaia, no interior de São Paulo. Isso porque é pífio o enredo criado pelo ex-presidente e seus bajuladores para explicar o inexplicável.

Confirmando inúmeras matérias do UCHO.INFO, o Ministério Público Federal (MPF) em Curitiba denunciou, nesta segunda-feira (22), no âmbito da Operação Lava-Jato, Lula e outras doze pessoas por envolvimento no esquema de corrupção que teve como palco o tal sítio.

Agora, caberá ao juiz Sérgio Moro, responsável na primeira instância da Justiça Federal pelos processos resultantes da Lava-Jato, decidir se aceita a denúncia apresentada pelo MPF. Diante do conjunto de provas e dos contundentes depoimentos dos delatores, assim como do próprio Lula, a tendência é que Moro aceite as denúncias.

Alem de Lula, o dramaturgo do Petrolão, foram denunciados Marcelo Odebrecht (corrupção ativa), Emílio Odebrecht (lavagem de dinheiro), Léo Pinheiro (corrupção ativa e lavagem de dinheiro), José Carlos Bumlai (lavagem de dinheiro), Agenor Franklin Medeiros (ex-OAS, corrupção ativa), Rogério Aurélio Pimentel (ex-assessor da Presidência, lavagem de dinheiro), Alexandrino de Alencar (ex- Odebrecht, lavagem de dinheiro), Carlos Armando Guedes Paschoal (ex-Odebrecht, lavagem de dinheiro), Emyr Diniz Costa Júnior (engenheiro da Odebrecht, lavagem de dinheiro), Roberto Teixeira (compadre e advogado de Lula, lavagem de dinheiro), Fernando Bittar (sócio de Fábio Luís Lula da Silva, lavagem de dinheiro) e Paulo Gordilho (engenheiro da OAS, lavagem de dinheiro).


A acusação tem como base o pagamento de R$ 128 milhões em propina pela Odebrecht e outros R$ $ 27 milhões, pela OAS, em troca de pelo menos sete contratos com a Petrobras. De acordo com o MPF, Lula recebeu parte da propina através das obras realizadas no sítio, cuja escritura está no nome de Fernando Bittar, mas que os investigadores garantem que o verdadeiro dono é o ex-presidente da República.

Afundando na fétida lama do Petrolão, Lula nega ser o dono do imóvel, mas a reforma, que custou mais de R$ 1 milhão, foi custeada pelas empreiteiras Odebrecht e OAS. Somente um desavisado é capaz de acreditar que duas das outrora maiores empreiteiras brasileiras prestariam serviço tão pequeno, como o da reforma do sítio de alguém que não é do relacionamento de ambas as empresas, no caso Fernando Bittar.

A contrapartida que coube a Lula foi manter nos respectivos cargos na Petrobras cinco ex-executivos – Renato Duque, Paulo Roberto Costa, Jorge Zelada, Nestor Cerveró e Pedro Barusco –, os quais comandaram durante anos a fio o esquema que corroeu os cofres da estatal petrolífera.

Segundo os procuradores da República, o esquema de corrupção que funcionou deliberadamente durante uma década na Petrobras era comandado por Lula, algo que o UCHO.INFO afirma desde agosto de 2005. Á época, este portal afirmou que um novo esquema de corrupção criado pelo falecido José Janene (PP-PR), já estava em funcionamento em substituição ao Mensalão do PT.

“Efetivamente, como apurado, após assumir o cargo de Presidente da República, Lula comandou a formação de um esquema delituoso de desvio de recursos públicos destinados a enriquecer ilicitamente, bem como, visando à perpetuação criminosa no poder, comprar apoio parlamentar e financiar caras campanhas eleitorais”, destaca a denúncia.

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