“Manchester foi alvo de ataque covarde”, afirma a primeira-ministra britânica Theresa May

A primeira-ministra britânica, Theresa May, afirmou nesta terça-feira (23) que a cidade de Manchester foi alvo de um atentado frio, covarde e pensado para causar uma carnificina. A chefe do governo do Reino Unido prometeu que se houver mais envolvidos no ataque – que deixou ao menos 22 mortos e mais de 50 feridos, eles serão encontrados.

Falando diante do número 10 de da Downing Street, sede do governo britânico, May disse que as autoridades já têm a identidade do responsável pelo atentado, mas que ainda não é o momento de revelá-la para não minar a investigação.

Há a suspeita de que mais pessoas, além do suicida, estejam envolvidas indiretamente no ataque. Um jovem de 23 anos foi detido em Manchester por relação com o atentado. Mais detalhes não foram dados pela polícia. A organização terrorista “Estado Islâmico” reivindicou o ataque.

“Esse ataque se destaca pela covardia doentia e aterrorizante”, disse May. “Mas a covardia do autor do ataque se confrontou com a bravura dos serviços de emergência e do povo de Manchester. E, apesar de não ter sido a primeira vez que Manchester sofreu desta forma, é o pior ataque que a cidade já experimentou e o pior da história do norte da Inglaterra.”


A explosão aconteceu por volta das 22h30 (hora local), na saída do espetáculo, em espaço aberto, no foyer da Manchester Arena, casa de espetáculos que pode abrigar quase 30 mil pessoas e que é considerada uma das mais modernas do planeta. Pelo menos 20 mil pessoas acompanharam o show da cantora pop Ariana Grande.

Testemunhas descreveram que, logo após Ariana despedir-se do público e enquanto as luzes se acendiam no pavilhão, uma grande explosão provocou pânico entre os presentes, que correram em busca de uma saída.

O atentado acontece a menos de três semanas das eleições gerais no Reino Unido, previstas para 8 de junho, mas a campanha eleitoral foi suspensa em razão da tragédia.

É o mais letal atentado em território britânico desde o de 7 de julho de 2005, executado contra o transporte público londrino e que deixou mais de 50 mortos. O Reino Unido está há meses no nível de alerta “severo”, o que significa alta probabilidade de ataque de terrorista. (Com agências de notícias)

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