Gleisi Hoffmann comemora absolvição de João Vaccari e acredita que ela e Lula escaparão da prisão

Presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, a senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR), citada nas planilhas de propina da Odebrecht sob o sugestivo codinome “Amante”, não conseguiu esconder, na terça-feira (27), a euforia diante da absolvição de João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, condenado a quinze anos de prisão pelo juiz Sérgio Moro, responsável na primeira instância da Justiça Federal pelos processos resultantes da Operação Lava-Jato.

Gleisi acredita que a decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que reformou a sentença envolvendo Vaccari, poderá beneficiá-la, assim como ao alarife Lula, que responde na Justiça por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, os mesmos que embasaram a condenação do ex-tesoureiro petista. Em outras palavras, a senadora paranaense vislumbrou na decisão do TRF-4 a possibilidade de ela e Lula escaparem da cadeia.

Em nota, Gleisi Helena afirma que a decisão da 8ª Turma do TRF-4 mostra o cuidado que deveria ser tomado pelas autoridades antes de aceitar delações premiadas que não são acompanhadas de provas.


“A decisão de segunda instância também chama a atenção quanto ao uso abusivo de prisões preventivas, que submetem, injustamente, pessoas a privação de liberdade”, diz Gleisi.

O marido da senadora petista, o ex-ministro Paulo Bernardo da Silva (Planejamento e Comunicações), foi preso preventivamente sob a acusação de comandar uma quadrilha que subtraiu mais de R$ 100 milhões de servidores federais e aposentados que recorreram a empréstimos consignados por meio do sistema Consist. A própria Gleisi só não foi presa ainda por gozar do foro especial por prerrogativa de função, o chamado foro privilegiado.

João Vaccari Neto havia sido condenado pelo juiz federal Sérgio Moro por suposto recolhimento de propina em contratos da Petrobras com a empresa Sete Brasil.

A decisão foi tomada por dois dos três desembargadores que compõem a 8ª Turma do TRF-4: Leandro Paulsen e Victor Luiz dos Santos Laus, que votaram pela absolvição, e o relator João Pedro Gebran Neto, que confirmou a condenação de Vaccari.

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